Redação –
CCBB Rio de Janeiro – 8 de janeiro a 3 de fevereiro.
Homenagem aos 100 anos de nascimento do mestre italiano, comemorados hoje, 20 de janeiro de 2020. Uma oportunidade única de assistir, na sala de cinema, vários clássicos do cinema mundial, de mergulhar no mundo felliniano, com suas histórias e personagens fascinantes. Após o Rio de Janeiro, a mostra segue para São Paulo – CCBB (26/02 a 23/03) e CineSesc (12 a 18/03) – e CCBB Brasília (24/03 a 19/04). O projeto é patrocinado pelo Banco do Brasil, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e tem apoio do Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro, CineSesc SP e Cinemateca do MAM.
A retrospectiva FELLINI, IL MAESTRO tem curadoria de Paulo Ricardo Gonçalves de Almeida, produção da Voa Comunicação e Cultura e apresentará 24 títulos, desde o filme de estreia de Fellini – Mulheres e Luzes (1950), codirigido com Alberto Lattuada, até o último deles – A Voz da Lua (1990), incluindo obras-primas estreladas por parceiros constantes como Marcello Mastroianni e Giulietta Masina, sua esposa, e embaladas pela música de Nino Rota. A mostra exibirá também o documentário Fellini: A Director’s Notebook (1969), no qual o próprio Fellini comenta seu processo de trabalho e passeia por seus lugares preferidos em Roma.
A programação ainda reserva boas surpresas, todas gratuitas: um curso de três dias – 22 a 24/01, das 14h às 16h -, com o professor e pesquisador Hernani Heffner, (inscrições pelo e-mail felliniccbbrj@gmail.com); um debate, no dia 30/1, às 19h, com Hernani Heffner e a Profª Drª India Mara Martins, mediação de Paulo Ricardo Gonçalves de Almeida e tradução para LIBRAS; e um super livro-catálogo de mais de 400 páginas com artigos críticos, ensaios, entrevistas, filmografia, fotos etc. Para ganhar o catálogo, basta juntar cinco ingressos de sessões da mostra.
Um dos maiores sucessos da carreira de Fellini, Amarcord, que ganhou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, terá uma “sessão inclusiva” no dia 29 de janeiro, às 16h, com audiodescrição, legendagem descritiva e tradução para LIBRAS. A entrada será franca.
O curador Paulo Ricardo Gonçalves de Almeida destaca que “Federico Fellini é reconhecido como um dos maiores e mais influentes cineastas de todos os tempos, cujos filmes, que trazem um olhar altamente pessoal e idiossincrático sobre a sociedade, são uma combinação única de memória, sonhos, fantasia e desejo. O adjetivo felliniano é sinônimo de qualquer tipo de imagem extravagante, barroca ou fantasiosa no cinema ou na arte em geral. A Doce Vida lançou um novo termo – paparazzi, derivado de Paparazzo, o fotógrafo amigo do jornalista Marcello Rubini, vivido por Mastroianni”.
Federico Fellini (1920 – 1993) – um resumo de sua carreira
Abismo de Um Sonho (1952) foi o primeiro longa-metragem o qual Fellini assinou sozinho a direção. Logo depois, em 1953, ele lançou Os Boas-Vidas (1953), que iniciou, com o Leão de Prata no Festival de Veneza, uma sucessão de prêmios em sua carreira. O primeiro Oscar de Melhor Filme estrangeiro veio com A Estrada da Vida (1954). Para Noites de Cabíria (1957), Fellini se inspirou nas notícias de uma cabeça de mulher decepada e nas histórias contadas por Wanda, a prostituta que conheceu no set de A Trapaça (1955). Noites de Cabíria ganhou o Oscar de Melhor Filme estrangeiro e, Giuletta Masina, o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes.
O fenômeno da Hollywood no Tibre, em 1958, em que estúdios americanos lucravam com o trabalho barato em Roma, permitia que jornalistas roubassem fotos de celebridades na Via Veneto. Daí veio a inspiração para A Doce Vida (1960) um sucesso de bilheteria que ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes e eternizou a cena de Anita Ekberg na Fontana di Trevi.
Em carta a Brunello Rondi, Fellini esboçou suas ideias sobre um homem sofrendo de bloqueio criativo. Ele se decidiu pelo título auto-referencial 8 1⁄2, mas não sobre o que o personagem fazia para viver. Fellini narraria tudo o que lhe havia acontecido: faria um filme sobre um diretor que não sabe mais qual filme ele quer fazer. 8 1⁄2 ganhou os Oscars de Melhor Filme Estrangeiro e de Melhor Figurino.
Julieta dos Espíritos (1967) foi seu primeiro filme a cores. Em março de 1971, Fellini começou a produção de Roma, coleção aleatória de episódios inspirados pelas memórias e impressões do diretor sobre a cidade.
Em 1973, Fellini dirigiu Amarcord, vagamente baseado em seu ensaio autobiográfico “Minha Rimini”. Em 1989, realizou A Voz da Luz, seu último filme. Em 1993, Fellini ganhou um Oscar Honorário, em reconhecimento pela sua carreira.
“A grande descoberta de Fellini após seu período neo-realista foi o trabalho de Carl Jung. Depois de conhecer o psicanalista Ernst Bernhard, no começo dos anos 1960, Fellini leu a autobiografia de Jung, Memórias, Sonhos, Reflexões, e experimentou LSD. Bernhard também recomendou que Fellini consultasse o I Ching e mantivesse um registro de seus sonhos. O foco de Bernhard na psicologia junguiana provou-se a maior influência no estilo maduro de Fellini e marcou o ponto de virada em sua obra do neo-realismo para o onírico. Como consequência, as ideias de Jung sobre o anima e o animus, o papel dos arquétipos e o inconsciente coletivo influenciou diretamente filmes como 8 1⁄2 (1962), Julieta dos Espíritos (1965), Fellini Satyricon (1969), Casanova de Fellini (1976) e Cidade das Mulheres (1980)”, comenta o curador Paulo Ricardo Gonçalves de Almeida.
Federico Fellini morreu em Roma, em 31 de outubro de 1993, ao 73 anos, de ataque cardíaco, um dia depois da celebração dos 50 anos de casamento com Giulietta Masina. O funeral, no Estúdio 5 da Cinecittà, seu favorito, atraiu 70 mil pessoas. Cinco meses depois, Giulietta faleceu de câncer no pulmão. Fellini, Masina e o filho Pier Federico estão enterrados na entrada principal do cemitério de Rimini.
SOBRE O CCBB
Inaugurado em 12 de outubro de 1989, o Centro Cultural Banco do Brasil celebra 30 anos de atuação com mais de 50 milhões de visitas. Instalado em um edifício histórico, projetado pelo arquiteto do Império, Francisco Joaquim Bethencourt da Silva, o CCBB é um marco da revitalização do centro histórico da cidade e mantém uma programação plural, regular, acessível e de qualidade. Mais de três mil projetos já foram oferecidos ao público nas áreas de artes visuais, cinema, teatro, dança, música e pensamento. Desde 2011, o CCBB incluiu o Brasil no ranking anual do jornal britânico The Art Newspaper, projetando o Rio entre as cidades com as mostras de arte mais visitadas do mundo. Agente fomentador da arte e da cultura brasileira, segue em compromisso permanente com a formação de plateias, incentivando o público a prestigiar o novo e promovendo, também, nomes da arte mundial.
Programação – CCBB Rio Janeiro
Dia 08/01 – quarta-feira
17h – “Abismo de Um Sonho”. “Lo sceicco bianco“. De Federico Fellini (Itália, 1952). 86 min. Blu-ray. Livre. Com Brunella Bovo, Leopoldo Trieste, Alberto Sordi, Giulietta Masina.
Dois jovens recém-casados de uma cidade da província chegam a Roma para a lua de mel. A esposa é obcecada pelo “Sheik Branco”, herói de uma fotonovela, como Rudolph Valentino, e foge para encontrá-lo, deixando seu marido burguês histérico.
19h – “Noites de Cabíria”. “Le notti di Cabiria”. De Federico Fellini (Itália, 1957). 110 min. 35mm. Livre. Com Giulietta Masina, Amedeo Nazzari, François Périer, Aldo Silvani, Franca Marzi. Prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes de 1957.
Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1958.
Uma prostituta indecisa vagueia pelas ruas de Roma procurando o amor verdadeiro, mas encontra apenas desgosto.
Dia 09/01 – quinta-feira
15h30 – “A Estrada da Vida”. “La strada”. De Federico Fellini (Itália, 1954). 108 min. Blu-ray. Livre. Com Giulietta Masina, Anthony Quinn, Richard Basehart, Aldo Silvani, Marcella Rovere. Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1957.
O filme conta a história de Gelsomina, uma jovem simplória comprada de sua mãe por Zampanò, um homem forte e brutal que a leva com ele na estrada.
18h – “A Doce Vida”. “La dolce vita”. De Federico Fellini (Itália, 1960). 174 min. 35mm. Livre. Com Marcello Mastroianni, Anouk Aimée, Anita Ekberg, Walter Santesso, Lex Barker.
Palma de Ouro no Festival de Cannes de 1960. Oscar de Melhor Figurino.
O filme acompanha Marcello Rubini (Marcello Mastroianni), jornalista que escreve para revistas de fofocas, durante sete dias e noites em sua jornada pela “doce vida” de Roma, em uma busca infrutífera por amor e felicidade.
Dia 10/01 – sexta-feira
16h – “Histórias Extraordinárias”. “Histoires extraordinaires”. De Federico Fellini (episódio “Toby Dammit”), Roger Vadim (episódio “Metzengerstein”) e Louis Malle (episódio “William Wilson”) (Itália/França, 1965). 121 min. Blu-ray. Livre.
Filme em episódios baseado em histórias de Edgar Allan Poe: uma princesa cruel assombrada por um cavalo fantasmagórico, um jovem sádico assombrado por seu duplo e um ator alcoólatra assombrado pelo diabo.
18h30 – “Julieta dos Espíritos”. “Giulietta degli spiriti”. De Federico Fellini (Itália, 1965). 137 min. Blu-ray. Livre. Com Giulietta Masina, Mario Pisu, Sandra Milo, Lou Gilbert, Caterina Boratto, Luisa Della Noce.
Globo de Ouro de Melhor Filme em Língua Estrangeira de 1966.
O filme é sobre as visões, memórias e o misticismo de uma mulher de meia idade que a ajudam a encontrar forças para deixar o marido. Primeiro longa-metragem colorido de Fellini.
Dia 11/01 – sábado
16h – “Abismo de Um Sonho”. “Lo sceicco bianco”. De Federico Fellini (Itália, 1952). 86 min. Blu-ray Livre.
18h – “8 1⁄2”. De Federico Fellini (Itália, 1962). 138 min. Blu-ray. Livre. Com Marcello Mastroianni, Anouk Aimée, Sandra Milo, Claudia Cardinale, Rossella Falk, Edra Gale.
Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e de Melhor Figurino.
Marcello Mastroianni é Guido Anselmi, um famoso diretor de cinema italiano que sofre um bloqueio criativo enquanto tenta dirigir um épico filme de ficção científica. O título se refere ao oitavo filme e meio de Fellini como diretor. Seu trabalho anterior consiste em seis longas-metragens, dois segmentos curtos e uma colaboração com Alberto Lattuada; os três últimos trabalhos são contados como “meio” filme.
Dia 12/01 – domingo
16h – “A Voz da Lua”. “La voce della luna”. De Federico Fellini (Itália, 1990). 122 min. Blu-ray. Livre. Com Roberto Benigni, Paolo Villaggio, Marisa Tomasi, Nadia Ottaviani.
Voltando aos temas que explorou em “ A Estrada da Vida” (1954), Fellini cria uma parábola sobre os sussurros da alma que apenas loucos e vagabundos são capazes de ouvir. Baseado no romance “Il poema dei lunatici”, de Ermano Cavazzoni, o filme é sobre um falso inspetor de poços e um ex-prefeito que perambulam pela Emilia-Romagna da infância de Fellini e descobrem uma distopia de comerciais de televisão, fascismo, concursos de beleza e rock and roll.
18h30 – “E La Nave Va”. De Federico Fellini (Itália, 1983). 132 min. 35mm. Livre. Com Freddie Jones, Barbara Jefford, Janet Suzman, Vittorio Poletti, Peter Cellier.
Em 1914, um navio de luxo deixa a Itália para espalhar as cinzas de uma famosa cantora de ópera. Um adorável jornalista desonesto narra a viagem e conhece muitos amigos e admiradores excêntricos da cantora.
Dia 13/01 – segunda-feira
15h30 – “A Cidade das Mulheres”. “La città delle donne”. De Federico Fellini (Itália/França, 1980). 139 min. Blu-ray. Livre. Com Marcello Mastroianni, Anna Prucnal, Bernice Stegers, Ettore Manni, Donatella Damiani e Rosaria Tafuri
Em meio à combinação característica de imagens oníricas, ultrajantes e artísticas de Fellini, Marcello Mastroianni interpreta Snàporaz, um homem que viaja pelos espaços masculino e feminino em busca de um confronto com suas próprias atitudes em relação às mulheres e à esposa.
18h30 – “Casanova de Fellini”. “Il Casanova di Federico Fellini”. De Federico Fellini (Itália, 1976). 155 min. Blu-ray. 14 anos. Com Donald Sutherland, Cicely Browne, Tina Aumont, Margareth Clementi, Olimpia Carlisi.
Oscar de Melhor Figurino.
Adaptado da autobiografia de Giacomo Casanova, o aventureiro e escritor do Século XVIII, o filme retrata a vida de Casanova como uma jornada para o abandono sexual. Qualquer emoção ou sensualidade significativa é eclipsada por situações cada vez mais estranhas. Filmado inteiramente nos estúdios Cinecittà, em Roma.
Dia 15/01 – quarta-feira
17h – “Os Palhaços”. “I Clowns”. De Federico Fellini (Itália/França/Alemanha, 1970. 92 min. 35mm. Livre. Com equipe técnica – Maya Morin, Lina Alberti, Gasperino, Alvaro Vitali; palhaços franceses – Alex, Bario, Père Loriot, Ludo, Nino, Charlie Rivel; palhaços italianos – Riccardo Billi, Fanfulla, Tino Scotti, Carlo Rizzo, Freddo Pistoni.
Diversas memórias reais e mockumentary (cenas ficcionais mostradas como se fosse um documentário), enquanto Fellini explora uma obsessão infantil: palhaços de circo.
19h – “A Estrada da Vida”. “La strada”. De Federico Fellini (Itália, 1954). 108 min. Blu-ray. Livre.
Dia 16/01 – quinta-feira
15h30 – “Casanova de Fellini”. “Il Casanova di Federico Fellini”. De Federico Fellini (Itália, 1976). 155 min. Blu-ray. 14 anos.
18h30 – “A Voz da Lua”. “La voce della luna”. De Federico Fellini (Itália, 1990). 122 min. Blu-ray. Livre.
Dia 17/01 – sexta-feira
16h30 – “E La Nave Va”. De Federico Fellini (Itália, 1983). 132 min. 35mm. Livre.
19h – “Noites de Cabíria”. “Le notti di Cabiria”. De Federico Fellini (Itália, 1957). 110 min. 35mm. Livre.
Dia 18/01 – sábado
15h30 – “Histórias Extraordinárias”. “Histoires extraordinaires”. De Federico Fellini, Roger Vadim e Louis Malle (Itália/França, 1965). 121 min. Blu-ray. Livre.
18h – “A Doce Vida”. “La dolce vita”. De Federico Fellini (Itália, 1960). 174 min. 35mm. Livre.
Dia 19/01 – domingo
16h – “Julieta dos Espíritos”. “Giulietta degli spiriti”. De Federico Fellini (Itália, 1965). 137 min. Blu-ray. Livre.
19h – “Os Palhaços”. “I Clowns”. De Federico Fellini (Itália/França/Alemanha, 1970). 92 min. 35mm. Livre.
Dia 20/01 – segunda-feira
15h30 – “A Cidade das Mulheres”. “La città delle donne”. De Federico Fellini (Itália/França, 1980). 139 min. Blu-ray. Livre.
18h30 – “8 1⁄2”. De Federico Fellini (Itália, 1962). 138 min. Blu-ray. Livre.
Dia 22/01 – quarta-feira
16h – “Entrevista”. “Intervista”. De Federico Fellini (Itália, 1987). 108 min. Blu-ray. Livre.
Com Sergio Rubini, Paola Liguori, Maurizio Mein, Nadia Ottaviani, Anita Ekberg, Federico Fellini, Marcello Mastroianni.
Federico Fellini aceita o pedido de uma equipe de televisão japonesa para ser entrevistado sobre seu último filme, narrando memórias, sonhos, realidades e fantasias e levando o espectador aos bastidores da Cinecittà.
18h – “Casanova de Fellini”. “Il Casanova di Federico Fellini”. De Federico Fellini (Itália, 1976). 155 min. Blu-ray. 14 anos.
Dia 23/01 – quinta-feira
17h – “Fellini: A Director`s Notebook”. De Federico Fellini (EUA, 1969). 60 min. Blu-ray. Livre.
Com Federico Fellini, Giulietta Masina, Marcello Mastroianni, Marina Boratto.
Encomenda do produtor da NBC Peter Goldfarb. Fellini filmou uma “espécie de introdução semi-humorística” a planos passados e futuros: o projeto recentemente abandonado, “A Viagem de G. Mastorna”, e seu mais recente trabalho em andamento, “Satyricon”. Fellini discute sua visão de fazer filmes e seus procedimentos não-ortodoxos. Ele busca inspiração em vários lugares fora do caminho. Os espectadores vão com ele ao Coliseu à noite, em um passeio de metrô pelas ruínas romanas, pela Via Ápia, a um matadouro e em uma visita à casa de Marcello Mastroianni. Fellini também é visto em seu próprio escritório entrevistando uma série de personagens incomuns que procuram trabalho ou sua ajuda.
18h30 – “Satyricon de Fellini”. “Fellini – Satyricon”. De Federico Fellini (Itália, 1969). 129 min. 35mm. 14 anos. Com Martin Potter, Hiram Keller, Max Born, Mario Romagnoli.
Vagamente baseado na obra de Petronius, “Satyricon”, escrita durante o reinado do imperador Nero e ambientada na Roma imperial, o filme é dividido em nove episódios, em que o estudioso Encolpius e seu amigo Ascyltus tentam conquistar o coração do jovem Gitón, a quem ambos amam, dentro da representação de uma paisagem e cultura romana surreal e onírica.
Dia 24/01 – sexta-feira
17h – “Mulheres e Luzes”. “Luci del varietà”. De Federico Fellini (Itália, 1950). 93 min. Blu-ray. Livre. Com Peppino De Filippo, Carlo Del Poggio, Giulietta Masina, Johnny Kitzmiller.
Uma jovem bonita e ambiciosa se junta a uma trupe itinerante de vaudeville de terceira categoria e causa inadvertidamente ciúmes e crises emocionais.
19h – “Os Boas Vidas”. “I vitelloni”. De Federico Fellini (Itália, 1953). 107 min. 35mm. Livre. Com Franco Interlengh, Franco Fabrizi, Alberto Sordi, Leopoldo Trieste, Riccardo Fellini.
Leão de Prata no Festival de Cinema de Veneza de 1953.
Indicado ao Oscar de Melhor Roteiro em 1958.
Uma história de cinco jovens italianos em momentos decisivos em suas vidas em uma cidade pequena. Reconhecido como um trabalho essencial na evolução artística de Fellini o filme tem elementos autobiográficos distintos que refletem importantes mudanças sociais na Itália dos anos 50.
Dia 25/01 – sábado
16h – “Roma” De Federico Fellini (Itália, 1972). 120 min. 35mm. Livre. Com Peter Gonzales, Fiona Florence, Pia De Doses, Alvaro Vitali, Libero Frissi, Mario Del Vago, Galliano Sbarra, Federico Fellini, Marcello Mastroianni, Anna Magnani.
Filme semi-autobiográfico, que descreve a mudança do diretor Federico Fellini de sua juventude em Rimini para Roma. É uma homenagem à cidade, mostrada em uma série de episódios vagamente conectados, ambientados no passado e no presente de Roma. O enredo é mínimo, e o único “personagem” a se desenvolver significativamente é a própria Roma. Peter Gonzales interpreta o jovem Fellini. O filme começa com um longo engarrafamento na cidade. Uma vez lá, são mostradas cenas representando Roma na década de 1930, com pessoas visitando um teatro de terceira classe e um bordel. A cena mais famosa mostra uma nobre idosa que realiza um desfile de moda litúrgico extravagante para um cardeal e outros convidados. O filme termina com um grupo de jovens motociclistas andando pela cidade.
18h30 – “Amarcord”. De Federico Fellini (Itália, 1973). 123 min. 35mm. Livre. Com Bruno Zanin, Pupella Maggio, Armando Brancia, Nando Orfei, Peppino Ianigro.
Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira.
Indicado aos Oscars de Melhor Diretor e Melhor Roteiro Original.
Um conto semi-autobiográfico sobre Titta, um adolescente que cresceu entre um grupo excêntrico de personagens na vila de Borgo San Giuliano (situada perto das antigas muralhas de Rimini) na Itália fascista dos anos 30. O título do filme é uma univerbação da frase de Romagnolo a m’arcôrd (“Eu me lembro”).
Dia 26/01 – domingo
16h30 – “A Trapaça”. “Il bidone”. De Federico Fellini (Itália, 1955). 113 min. 35mm. Livre. Com Broderick Crawford, Richard Basehart, Franco Fabrizi, Giulietta Masina.
Um trio de vigaristas liderados por um trapaceiro solitário deve lidar com o trabalho e as pressões familiares.
19h – “Amores na Cidade”. “L’amore in città”. De Federico Fellini, Michelangelo Antonioni, Alberto Lattuada, Carlo Lizzani, Dino Risi, Francesco Maselli, Cesare Zavattini (Itália, 1953). 115 min. 35mm. Livre.
Filme em seis episódios: “O amor que se paga”, de Carlo lizzani, trata das aventuras e desventuras das prostitutas da capital italiana; “Paraíso por quatro horas”, de Dino Risi, aborda uma noite num salão de bailes onde casais se formam; “Tentativa de suicídio”, de Michelangelo Antonioni, retrata as curiosas histórias de mulheres que tentaram se matar por causas amorosas; em “Agência matrimonial”, de Federico Fellini, um jornalista pesquisa como funciona uma agência de casamentos; “História de Caterina”, de Francesco Maselli e Cesare Zavattini, aborda o drama de Caterina, uma mulher desempregada que acaba abandonando seu bebê; e em “Os italianos se viram”, de Alberto Lattuada, lindas mulheres atraem os olhares dos romanos, que fazem malabarismos para vê-las.
Dia 27/01 – segunda-feira
15h30 – “Mulheres e Luzes”. “Luci del varietà”. De Federico Fellini (Itália, 1950). Blu-ray. 93 min. Livre.
17h30 – “Bocaccio 70”. De Federico Fellini, Luchino Visconti, Mario Monicelli e Vittorio De Sica (Itália, 1962). 205 min. Blu-ray. Livre. Com Peppino De Filippo, Anita Ekberg, Donatella Della Nora, Antonio Acqua.
Antologia de quatro episódios – “A rifa”, de Vittorio de Sica, “As tentações do Doutor Antonio”, de Federico Fellini; “Renzo e Luciana”, de Mario Monicelli, e “O trabalho”, de Luchino Visconti -, sobre sexo, amor e sedução, no estilo de Giovanni Boccaccio, na Itália dos anos 60, uma época de crescimento econômico e grande mudanças culturais
Dia 29/01 – quarta-feira
16h “Amarcord”. De Federico Fellini (Itália, 1973). 123 min. Blu-ray. Livre. Sessão inclusiva com audiodescrição, legendagem descritiva e tradução para LIBRAS. Entrada franca.
18h30 – “Ensaio de Orquestra”. “Prova d’orchestra”. De Federico Fellini (Itália, 1978. 70 min. 35mm. Livre. Com Baldwin Baas, David Mauhsell, Francesco Aluigi , Angelica Hansen), Elisabeth Labi.
O filme segue uma orquestra italiana enquanto seus músicos entram em greve contra o maestro. Ensaio de Orquestra foi a última colaboração entre o compositor Nino Rota e Fellini, devido à morte de Rota em 1979.
Dia 30/01 – quinta-feira
14h30 – “A Trapaça”. “Il bidone”. De Federico Fellini (Itália, 1955). 113 min. 35mm. Livre.
17h – “Os Boas Vidas”. “I vitelloni”. De Federico Fellini (Itália, 1953) 107 min. 35mm. Livre.
19h – Debate com os professores e pesquisadores Hernani Heffner e India Mara Martins. Com tradução para LIBRAS. Entrada franca.
Dia 31/01 – sexta-feira
16h30 – “Ginger e Fred”. De Federico Fellini (Itália, 1986). 125 min. 35mm. Livre. Com Giulietta Masina, Marcello Mastroianni, Franco Fabrizi, Frederick Ledenburg.
Amelia e Pippo, imitadores italianos de Fred Astaire e Ginger Rogers, já foram dançarinos famosos. Trinta anos depois de se aposentarem, eles se juntam mais uma vez para um programa de TV.
19h – “Entrevista”. “Intervista”. De Federico Fellini (Itália, 1987). 108 min. Blu-ray. Livre.
Dia 01/02 – sábado
17h – “Fellini: A Director`s Notebook”. De Federico Fellini (EUA, 1969). 60 min. Blu-ray. Livre.
18h30 – “Satyricon de Fellini”. “Fellini – Satyricon”. De Federico Fellini (Itália, 1969). 129 min. 35mm. 14 anos.
Dia 02/02 – domingo
16h30 – “Ensaio de Orquestra”. “Prova d’orchestra”. De Federico Fellini (Itália, 1978). 70 min. 35mm. Livre.
18h30 – “Roma” De Federico Fellini (Itália, 1972). 120 min. 35mm. Livre.
Dia 03/02 – segunda-feira
16h – “Amarcord”. De Federico Fellini (Itália, 1973). 123 min. 35mm. Livre.
18h30 – “Ginger e Fred”. De Federico Fellini (Itália, 1986). 125 min. 35mm. Livre.
Fellini, Il Maestro
https://www.facebook.com/felliniilmaestro/
Patrocínio: Banco do Brasil
Apoio: CineSesc SP, Cinemateca do MAM e Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro
Curadoria: Paulo Ricardo Gonçalves de Almeida
Produção: Voa Comunicação e Cultura
Realização: Centro Cultural Banco do Brasil
Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro
De 8 de janeiro a 3 de fevereiro de 2020
Rua Primeiro de Março 66, Centro, tel (21) 3808-2020
Salas de Cinema 1 (98 lugares)
Ingresso: R$ 10 e R$ 5 (meia entrada)
www.twitter.com/ccbb_rj – www.facebook.com.br/ccbb.rj
Fonte: Assessoria de Imprensa CCBB (edição: Gabriel Fróes)
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