Redação

Crescem as denúncias de que faltam Equipamentos de Proteção Individual para quem está na linha de frente do combate ao novo coronavírus. Médicos e enfermeiros cobram soluções, a fim de atuar com menor risco de contaminação.

Conselhos e Sindicatos profissionais têm alertado para a inexistência ou restrição do material. O Ministério Público também investiga e cobra das autoridades informações sobre os estoques disponíveis e cronograma de distribuição, assim como as medidas tomadas ante a falta de materiais.

A queixa mais frequente é a carência de máscara. Mas anda faltando de tudo. No Rio de Janeiro, já houve registro de profissionais vestindo sacos de lixo devido à ausência de roupa de proteção.

A Associação Médica Brasileira aponta que 855 denúncias por falta de EPIs haviam sido registradas no início de abril em hospitais e demais unidades de saúde do Estado de SP. Entre essas queixas, 255 foram por profissionais da Capital. A entidade avalia que são crescentes as denúncias em outras regiões do País. Além de máscaras, as maiores reclamações pediam óculos e protetores faciais.

Médico – À Agência Sindical, Gerson Salvador, diretor do Sindicato dos Médicos de São Paulo, informa que milhares de reclamações chegam à entidade. “Os profissionais da saúde estão adoecendo e morrendo devido ao descaso. Precisamos dar condições que estão na linha de frente no combate à pandemia. Só assim poderemos cuidar melhor da população”, ele argumenta.

Outra informação preocupante vem do Sindicato dos Servidores Municipais de SP. Eles apontam que desde fevereiro cerca de 600 trabalhadores da saúde foram afastados das funções por suspeita ou confirmação de infecção.

Coren – Segundo o Conselho Federal de Enfermagem, não existe levantamento oficial do número de profissionais da saúde afastados no País. Desde o início da pandemia, quase sete mil foram afastados do trabalho por apresentar sintomas suspeitos.

Denúncias – A plataforma Radar da Saúde registra de forma anônima queixas de profissionais. A ferramenta, lançada pelo Movimento Chega de Descaso, recebe denúncias de usuários do SUS, do sistema privado e de profissionais da saúde. Pra registrar reclamação o profissional deve acessar: http://radardasaude.com.br/posts/create/8 e preencher o formulário.

O Conselho Regional de Enfermagem (Coren-SP) disponibiliza canal eletrônico para profissionais da categoria e comunidades denunciarem condições inadequadas de atendimento nos estabelecimentos. Clique aqui e acesse.


Fonte: Agência Sindical