Por Pedro Augusto Pinho –

“Como é do conhecimento até do mundo mineral”, assim certo jornalista se referia às obviedades, as finanças apátridas tomaram conta do mundo, especialmente o ocidental, aí incluído o Oriente Médio, a partir das desregulações financeiras promovidas, na década de 1980, nos Estados Unidos da América (EUA) e no Reino Unido (UK).

Mas o projeto de reconquista das finanças inglesas, derrotadas na I Grande Guerra e temerosas do comunismo, implantado no Império Russo em 1918, teve início ainda na segunda década do século XX. E buscou seu primeiro parceiro nos que agitavam campanhas contra a poluição, que já matavam nas minas e nas fábricas do Reino Unido.

Com o tempo estas finanças foram ganhando financiadores e adeptos chegando às ações contra a industrialização – Relatório dos Limites do Crescimento pelo Clube de Roma (1972) – associadas ao petróleo – crises de 1968, 1973, 1979 e 1980.

Que pretendiam as finanças na segunda metade do século XX, além de voltar ao poder? Promover a mais intensa concentração de renda, que pagasse todos os custos de seus trabalhos de reconquista e a nova acumulação, para dominar as tecnologias que surgiam no mundo da energia e da informação.

Os diversos centros de pesquisa e comunicação das finanças, think tank privados, universitários, órgãos públicos, além das estratégias econômicas, alertaram para o fator demográfico. Em 1980, a população mundial era 4,5 bilhões, em 1960 viviam apenas três bilhões; o crescimento de 50% em vinte anos tornaria impossível cumprir as metas de concentração financeira das finanças.

Com a conquista do poder em 1990, que a propaganda anunciava o novo mundo de paz, pelo fim do comunismo, pela história ter atingido seu melhor momento da humanidade, teve início um período de inúmeras guerras localizadas, no mundo populoso asiático e no islâmico, na África e mesmo europeu.

A guerra significava a receita pela pesquisa e venda de armas e munições, pelos financiamentos das reconstruções, além da redução populacional. No entanto logo se constatou que as guerras eram um caminho muito lento, ainda nasciam mais pessoas do que morriam. Era necessário um instrumento mais eficaz de morte: as epidemias.

Estas pesquisas já eram realizadas há algumas décadas, num sentido de guerra bacteriológica, mas enveredou pelo sentido civil, digamos assim. O relevante era a contenção do crescimento e o decréscimo populacional. Surgiram as gripes aviárias, o ebola, algumas variantes, até se espalhar o covid. No sábado, 12/02/2022, a Wikipédia e outros sites informam ter sido alcançada a marca de 5.810.000 mortes, estando os EUA, o Brasil, a Índia e a Federação Russa como os mais atingidos.

Porém havia uma condição desfavorável, em relação à guerra: as receitas. Se o objetivo da redução populacional se mostrava mais eficaz, os ganhos com armas e reconstruções desapareciam. Surge então o “projeto vacina”.

As vacinas, descobertas no século XIX, foram um grande passo para ciência – existência dos vírus – e para a saúde pública. Aos poucos as populações passaram a ver neste progresso científico e industrial um grande passo para melhorar a vida de todos, pois em quase todos os países, a vacinação passou a constar dos programas de saúde pública, a cargo dos Estados.

A mão grande das finanças, no entanto, passou a corromper Estados, a orientar movimentos terraplanistas, a gerar imensa confusão a respeito das vacinações. Mas sem abrir mão de faturar a epidemia.

As duas vacinas mais aplicadas no Brasil com seus maiores acionistas são: Pfizer – Vanguard, BlackRock, State Street, Capital Investors, Wellington e Geode – e AstraZeneca – T. Rowe, Wellington, Prime Cap, Capital Investors, Fisher e Vanguard.

E quem são estes acionistas? São Gestores de Ativos, nome que se deram o conjunto de Fundos Financeiros e especuladores em bolsas e com moedas, cujos capitais estão nos 85 paraísos fiscais, a maioria em territórios britânicos (commonwealth), espalhados pelo mundo.

Vacinas com eficácia comprovada como a CoronaVac, chinesa, a Soberana, cubana, e a primeira a ser desenvolvida, a Sputinik V, russa, não ficaram ou nem mesmo chegaram a entrar no Brasil.

A resposta está na manchete do Monitor Mercantil de 09/02/2022, quarta-feira, “Pfizer fatura US$ 70 mil por minuto mas decepciona mercado”, e na primeira página do mesmo jornal no dia seguinte, quinta-feira, 10/02/2022: “Portaria da Receita prejudica indústria nacional de insumos farmacêuticos” e “Mantido veto a cobertura de remédio oral contra câncer”.

Analisemos.

Por que a população de Paris sai à rua contra as medidas sanitárias do Governo, onde se inclui a vacinação? Os conterrâneos de Pasteur reagiriam contra a ciência ou contra o enriquecimento dos especuladores e banqueiros que se escondem atrás dos Gestores de Ativos para lucrar com a morte. São realmente eficazes na prevenção ao covid as vacinas da Pfizer, da AstraZeneca, da Johnson & Johnson? Ou poderiam até gerar nos corpos onde se infiltram novas variantes na perpetuação da pandemia? Além disso, não estaria a pandemia impulsionando, auxiliando o seccionamento, o desmembramento da população em grupos ou guetos, onde se infiltrará o vírus da animosidade e da discórdia, da cizânia? São os tempos neoliberais, do “mercado”, onde já foram sepultados os direitos trabalhistas e previdenciários e seguem com os direitos humanos. Nenhum direito que não seja das finanças, das moedas.

Nesta mesma linha está a questão da energia.

No AEPET Direto, órgão noticioso da Associação dos Engenheiros da Petrobrás, foi publicado, em 11/02/2022, o artigo “Os limites da energia verde estão se tornando muito mais claros”, tradução do escrito pelo atuário estadunidense Gail Tverberg, em “Our Finite World” (https://ourfiniteworld.com/2022/02/09/limitstogreenenergyarebecomingmuclearer).

Este especialista em questões da energia e da economia da energia, demonstra a falácia da energia verde, incapaz de sustentar a demanda ininterrupta da sociedade industrial. “Hoje, estamos começando a ver que as energias renováveis não são capazes de cumprir a promessa que os planejadores (modeladores) esperavam”.

Porém não elimina, como é óbvio, a transição energética, no entanto ela ainda está muito longe e a muitos trilhões de dólares para ocorrer.

PEDRO AUGUSTO PINHO é presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras (AEPET), avô e administrador aposentado.

Publicado inicialmente no Pátria Latina. Envie seu texto para mazola@tribunadaimprensalivre.com ou siro.darlan@tribunadaimprensalivre.com


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