Por Alexandre Farah

Neste 1º de março a estação Siqueira Campos do metrô carioca completa a maioridade. São 18 anos servindo aos moradores do coração de Copacabana, ajudando a desafogar o trânsito nas ruas e a população nos ônibus, encurtando distâncias neste bairro que é parte importante da História do Rio de Janeiro.

Placa de Inauguração da Estação

A própria estação aniversariante está situada na Rua Siqueira Campos, uma justa homenagem a Antônio Siqueira Campos, que comandou um destacamento da Coluna Prestes e foi um dos maiores amigos do grande Luiz Carlos Prestes, o Cavaleiro da Esperança do povo brasileiro.

Com justiça, Copacabana é hoje o bairro melhor servido de estações de metrô no Brasil: Cardeal Arcoverde, Siqueira Campos, Cantagalo, sem esquecer do acesso à estação General Osório pela Rua Sá Ferreira.

A Estação Siqueira Campos, segunda estação do bairro de Copacabana, localizada no encontro das ruas Siqueira Campos e Tonelero, também possui esse segundo acesso pela rua Figueiredo de Magalhães

Toda boa obra neste país tem por trás a luta do povo brasileiro por melhores condições de vida. Na época, eu presidia a RioTrilhos, empresa do Estado responsável pelo metrô, e travamos uma grande luta para tirar do papel as estações Siqueira Campos e Cantagalo. Até manifestação na porta do BNDES, pela liberação do financiamento, fizemos por essas estações.

Muito ainda há por fazer pela mobilidade urbana na cidade. O próprio metrô do Rio possui as linhas 1, 2 e 4. O que houve com a linha 3? A linha 3 une a estação Carioca, no centro, a Niterói, São Gonçalo e Itaboraí.

Quando saí da RioTrilhos, deixei a linha 3 com o projeto, o estudo de viabilidade e a licitação prontos! Mas até hoje nada saiu do papel. A alegada falência do estado não justifica. No atual modelo, o metrô está concedido à iniciativa privada. É perfeitamente possível encontrar empresas interessadas em fazer o investimento em troca da exploração da linha, dentro de marcos estabelecidos pelo estado.

Metrô é infraestrutura. Suas grandes obras geram empregos e seu funcionamento traz benefícios não só aos usuários, mas a toda a cidade.

O atraso que vivemos hoje no país é de tal ordem que por vezes não vemos a “luz no fim do túnel”. Mas tudo é passageiro.

Em breve voltaremos a sonhar com grandes projetos e, mais do que isso, a construí-los.


ALEXANDRE FARAH – Advogado, Membro Efetivo do Instituto dos Advogados Brasileiros – IAB, ex-presidente da RioTrilhos, ex-Conselheiro Federal da OAB, Deputado Estadual da primeira bancada do PDT-RJ.

Envie seu texto para mazola@tribunadaimprensalivre.com