Redação –
A eleição do presidente do Senado Federal para o próximo biênio (2021-2022) também está agitada. Mas não é “excitante” politicamente ou chama a atenção como a da Câmara dos Deputados. Isto porque os candidatos com chances de vitória são todos governistas.
O atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) tenta liderar o processo, como faz o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) na Câmara, mas está tendo muita dificuldade para conduzir os entendimentos nos bastidores. Alcolumbre defendia o nome do senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que está no 1º mandato na Casa. Mas o presidente Bolsonaro rejeitou o nome do senador de Minas.
As informações são da coluna Painel da Folha de S.Paulo, que também expôs que a inconformidade com o nome de Pacheco partiu de parlamentares críticos a sua atuação na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados durante o governo Michel Temer (MDB), quando o ex-presiddente quase foi alvo de impeachment em 2017.
Os preferidos do presidente da República para ocupar a principal cadeira da Casa são os emedebistas Eduardo Braga (AM), líder da Maioria no Senado, e Eduardo Gomes (TO), líder do governo no Congresso. Ambos agradam ao Planalto.
O MDB articula para emplacar o próximo presidente, sob o argumento de que é a maior bancada da Casa, com 13 senadores, podendo ingressar outros 3. Se essa regra ou tradição de outrora prevalecer, é inescapável que a legenda suplante as demais candidaturas.
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) corre por fora na bancada. Os líderes da sigla disseram, em nota, que a postura do partido reflete a “unidade” e “ponderação” de seus filiados. Disseram também que vão dialogar com todas as bancadas do Senado antes de apresentarem o nome para a disputa.
O PSD tem a 2ª maior bancada do Senado, com 12 membros. Articula para emplacar Antonio Anastasia (MG) ou Nelsinho Trad (MS).
Na última sexta-feira (18), as bancadas tucana (7) e do Podemos (10) fecharam acordo para atuarem em bloco nas eleições da Casa, segundo informou o líder tucano Izalci Lucas (DF). São necessários 41 votos para eleger o candidato no 1º turno.
Há um 3º movimento na Casa apelidado de “Muda Senado”. Trata-se, segundo os líderes, de grupo independente que reúne 18 senadores de diferentes partidos, tem 6 pré-candidatos. O bloco deve ter pelo menos 1 nome no pleito. Marcou reunião presencial para 15 de janeiro para tentar escolher o senador que reúna mais chances de ser eleito. Nenhum do grupo, porém, figura entre os favoritos — Major Olimpio (PSL-SP), Jorge Kajuru (Cidadania-GO), Mara Gabrilli (PSDB-SP), Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Alvaro Dias (Podemos-PR) e Lasier Martins (Podemos-RS).
Sinteticamente, o quadro sucessório no Senado é este. Mas como a eleição só vai ocorrer em fevereiro, “muita água ainda vai passar debaixo da ponte”.
Fonte: DIAP
MAZOLA
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