Redação –
Em uma noite de mudanças a toda hora, o líder do PSL da Câmara mudou em ao menos três ocasiões. Com ataques midiáticos por parte do Delegado Waldir, ligações do presidente Jair Bolsonro para deputados do partido e apresentação de um documento para retirar a liderança de Waldir, outro documento para retirar de Eduardo Bolsonaro e novamente um documento para retirar de Waldir, ficou confuso entender o que está acontecendo. Por isso o Congresso em Foco explica.
No meio da troca de farpas do PSL, o Delegado Waldir convocou uma coletiva de imprensa para avisar que o presidente Jair Bolsonaro estaria ligando para parlamentares para conquistar votos em favor do filho, Eduardo Bolsonaro. Diante desta denúncia, a reportagem procurou por Eduardo que não respondeu e nem negou as afirmações de Waldir.
Minutos depois Eduardo apareceu no salão verde, ao lado de Vitor Hugo, Bia Kicis, Carla Zambelli e outros deputados da ala mais bolsonarista do partido, anunciando que haviam acabado de protocolar um documento, com 27 assinaturas, para de destituir o Delegado Waldir da liderança da legenda na Câmara, colocando Eduardo como líder.
Durou pouco, pois alguns minutos depois, a ala bivarista do PSL protocolou um documento com 32 assinaturas apoiando Waldir e rejeitando Eduardo Bolsonaro.
Durou menos ainda, pois logo na sequência, como o Congresso em Foco adiantou em primeira mão, a ala mais bolsonarista apresentou outro documento com 27 assinaturas, apoiando novamente Eduardo Bolsonaro e rejeitando Waldir.
Segundo a interpretação dos deputados mais ligados ao presidente da República, o que vale é o último documento protocolado e não a quantidade de assinaturas.
Esse entendimento não é unânime, sendo assim, quem deve decidir o impasse é a mesa diretora da Câmara, que dentre os membros está o presidente do partido, Luciano Bivar, interessado direto no assunto. A mesa é composta pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM/RJ), 1º vice-presidente, Marcos Pereira (Republicanos/SP), 2º vice-presidente, Luciano Bivar (PSL/PE), 1ª secretária, Soraya Santos (PL/RJ), 2º secretário, Mário Heringer (PDT/MG), 3º secretário, Fábio Faria (PSD/RN) e 4º secretário, André Fufuca (PP/MA).
Diante de todo esse cenário, ainda tem a possível expulsão de membros da sigla que assinaram a carta para expulsar o Delegado Waldir. Essa última informação está sendo divulgada pela equipe da deputada Carla Zambelli (PSL/SP), que seria uma das vítimas dessa expulsão.
Como se não bastasse toda confusão gerada em cima do assunto, o Congresso em Foco adiantou em primeira mão um novo imbróglio: De acordo com um deputado aliado de Jair Bolsonaro e a favor de escolher Eduardo para liderar a legenda, o grupo que ele faz parte conseguiu fazer com alguns deputados que votaram em ambas as listas (a favor de Eduardo e a favor de Waldir) votem apenas a favor do terceiro filho do presidente. Assim em uma terceira lista o grupo pró-Eduardo teria 27 deputados e o pró-Waldir, com a retirada dessas seis assinaturas, teriam 26.
Fonte: Congresso em Foco, por Erick Mota
MAZOLA
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