Por Emanuel Cancella –
O fato é que o governo Bolsonaro se transformou num governo de trambiqueiros e golpistas!
Aquela história que Bolsonaro não fez nada não condiz com a verdade, fez e fez muito.
Na CPI da covid Bolsonaro foi indiciado 9 vezes numa delas (3). O seu governo ia comprar 400 milhões de vacinas com um real de propina cada (4).
E não podemos esquecer que Bolsonaro foi eleito o maior corrupto do mundo em 2020 (5).
Eu queria comentar as palavras do advogado do tenente-coronel, Mauro Cid, envolvido na venda de joias do acervo da presidência, ajudante de Bolsonaro: “Assessor cumpre ordens do chefe”, diz novo advogado de Mauro Cid (2).
Em 1968 Sérgio Ribeiro Miranda de Carvalho, o capitão Sergio Macaco, como ele gostava de ser chamado. Sergio Macaco comandava um grupo da Força Aérea Brasileira (FAB), integrante do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS), mais conhecido como PARA-SAR.
Então o brigadeiro João Paulo Moreira Burnier, chamou o Capitão Sergio Macaco e lhe deu uma ordem:
Explodir o Gasômetro, do Rio de Janeiro, dinamitar uma represa e jogar 40 líderes políticos no oceano para depois pôr a culpa na esquerda. Na lista dos alvos, estavam Carlos Lacerda, Juscelino Kubitschek, dom Hélder Câmara e o líder estudantil Vladimir Palmeira.
Para quem não conheceu o Gasômetro era um deposito gigante de gás que abastecia de gás encanado o centro e zona sul do Rio.
O gasômetro ficava ao lado da rodoviária do Rio, próximo ao centro do Rio e a zona sul, imagine quantos feridos e vítimas fatais resultaria.
Por conta de sua denúncia, Sérgio foi cassado pelo Ato Institucional Nº 5 (AI-5), em 1969.
Três anos depois, sua família foi indenizada pelo governo com o valor relativo às vantagens e soldos que ele deixou de receber entre os anos de 1969 e 1994 (1).
O Capitão Sergio Macaco, herói nacional foi vitima da ditadura Militar, já Mauro Cid no regime democrático, se não cumprisse ordem de Bolsonaro, perderia o cargo de assessor da presidência.
Mauro Cid não pode dizer que não sabia que vender joias do acervo é crime, muito menos dizer que a culpa é do PT!
Fonte:
1 – https://memoriasdaditadura.org.br/biografias-da-resistencia/sergio-carvalho/
EMANUEL CANCELLA – Advogado (OAB/RJ 75.300), ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex-diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da Federação Única dos Petroleiros (FUP), fundador e coordenador da FNP, ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, colunista desta Tribuna da Imprensa Livre, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido no site Mercado Livre. Em função das boas práticas profissionais recebeu em 2017 o Prêmio em Defesa da Liberdade de Imprensa, Movimento Sindical e Terceiro Setor, parceria do jornal Tribuna da Imprensa Livre com a OAB-RJ.
Envie seu texto para mazola@tribunadaimprensalivre.com ou siro.darlan@tribunadaimprensalivre.com
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