Redação

Coronel Helcio Bruno foi para a reserva aos 42 anos e recebe R$ 23 mil por mês

O tenente-coronel Helcio Bruno, que prestou depoimento à CPI da Covid nesta terça-feira, é um exemplo vivo dos privilégios militares na Previdência. O militar tem 63 anos de idade. Foi para a reserva aos 42 anos, em março de 2000. Segundo o Portal da Transparência, ele recebe aposentadoria de R$ 23.089,82. Mesmo assim, meteu-se no rolo da venda de vacinas ao governo federal. O militar é um típico bolsonarista de internet. Nas redes sociais, ataca a CPI e defende a cassação de ministros do STF. No Senado, faz discurso de beato e diz que pretende assumir sua “vocação espiritual”.

O tenente-coronel da reserva Helcio Bruno de Almeida, presidente da organização Instituto Força Brasil (IFB), afirmou nesta terça-feira (10/8), em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, que conhece o presidente da República, Jair Bolsonaro e que participou de uma primeira fase da campanha presidencial do mandatário, eleito em 2018. Segundo ele, o presidente é seu contemporâneo na academia militar – Bolsonaro é da turma de 1977 e ele é de 1978.

Helcio Bruno foi convocado a depor por suspeita de ter atuado como intermediador na negociação de vacinas em prol da empresa americana Davati Medical Supply, cujo representante no Brasil é Cristiano Carvallho e que tem como vendedor autônomo de vacina o cabo da Polícia Militar Luiz Paulo Dominghetti.

EM SILÊNCIO – Questionado pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL) sobre quantos encontros com membros do governo ele já articulou, inclusive para tratar de vacinas, ficou em silêncio, direito que lhe foi garantido em habeas corpus da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia.

Sua resposta foi a mesma quando perguntado sobre quais pessoas na presidência da República ele conhece.

A decisão da ministra permitiu que o coronel permaneça em silêncio sobre fatos que possam lhe incriminar.

Fonte: Correio Braziliense


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