Por Iata Anderson –
A copa do mundo de verdade começa sempre na segunda fase, oitavas de final, já bem selecionado o pelotão que pretende levantar a cobiçada taça, cinco vezes erguida por um brasileiro, todos jogadores de defesa, coincidência, nada mais que isso. Por precaução, Tite poderia manter Thiago Silva que, além da liderança no grupo joga muito. Não gosto dessa mistura de seleções, muito a gosto do presidente da Fifa, o dono da festa, que aparece sempre com cara de quem acabou de chupar um limão. Sem contar o amontoado de ilhas espalhadas pelo mundo, que participam da fase eliminatória. Sem dúvida uma fonte inesgotável de dinheiro que jorra de todos os lados do planeta. Acho um exagero formar oito grupos de quatro seleções – e vai aumentar – para descartar dois e começar, de fato, a competição.
E começou sem as zebras da primeira fase, já caíram Estados Unidos, Austrália, Polônia e Senegal, que deram passagem para França, em busca do tricampeonato, como a Argentina, Inglaterra convencendo com bom futebol, em busca do bicampeonato e Holanda, que busca o primeiro título depois de bater na trave três vezes. Para segunda e terça somente dois campeões mundiais, Brasil, em busca do sonhado hexa e Espanha querendo vaga no clube dos bicampeões, Portugal, ah que saudade de 1966, aquele timaço comandado por Eusébio, melhor colocação foi terceiro, naquele ano, Croácia, que vem de um vice, na Rússia, depois Coréia do Sul, Japão, Marrocos e Suíça com gostinho de despedida.
Se der mais uma zebra a culpa não é minha, pode apostar nisso.
Com dois gols contra a Polônia, Mbappé assumiu a ponta do melhor protagonista do torneio, artilheiro com cinco gols, jogando muito. Pode ser bicampeão do mundo com 23 anos, dois a mais que o Rei Pelé, em 1962, no Chile. Esquece a comparação, o garoto não merece. Não sou chegado a previsões, em futebol, mas vejo todos os jogos deste início de semana como muito complicados, uma mistura de quatro continentes e muita expectativa. Somente os bons passarão para as quartas. Devo lembrar que a França, favoritíssima pelo que vem jogando, era pule alta quando chegou ao Catar com seis desfalques, entre eles o melhor do mundo na temporada passada, Karim Benzema, ainda forçando barra para salvar sua medalhinha, se acontecer, claro e teve o lateral esquerdo Lucas Hernandez, substituído pelo irmão Theo, desligado por contusão.
Pitaquinho sobre a vitória da Inglaterra, o pessoal enchendo a bola do Kane, Bellingham, Phil Foden, fiquei mirado no futebol do número 4, volante, disparado o melhor em campo. Tem pouco nome, lembra muito Carlos Roberto – que dupla espetacular com Gerson, no Botafogo – que nunca aparecia para a mídia mas jogava demais. Menos mal que Mauricio Noriega estava trabalhando e comentou. Esse eu tiro o chapéu, muito bom e fala português. Falei de Declan Rice, volante e zagueiro do West Ham United, 23 anos, totalmente desconhecido para mim, que vejo muito pouco o campeonato inglês.
A copa tem seus caprichos, é bom não discutir. Jogadores que saem machucados, outros que se recuperam, alguns chegam com fama de craque e não aparecem, outros iniciam o fim de carreira internacional, caso de Gerate Bale e Eden Hazard, contratados por fortunas no Real Madrid e não conseguiram dar a volta, mostrar o valor estabelecido em euros. Gales, de Bale, perdeu dois e empatou um, no grupo B, que classificou Inglaterra e Estados Unidos. Ficou claro que a eliminação do Uruguai pode abreviar a carreira de Diego Godin, Edinson Cavani e Luis Soarez e a vitória da Argentina sobre a Austrália no milésimo jogo de Lionel Messi, que marcou o terceiro gol na copa, deve levantar o astral do time que abriu a copa perdendo para a Arábia, única vitória dos sauditas no grupo C.
A Bélgica, de De Bruyne, decepcionou uma vez mais, como seu melhor jogador, muito abaixo do seu nível técnico, pareceu desmotivado e levou com ele Tibau Courtois, o melhor goleiro da temporada passada, e Hazard, que perdeu seu belo futebol e nunca mais encontrou. A Tunisia derrotou a França reserva por 1×0 e foi só, caindo para os campeões do mundo e Austrália, eliminada pela Argentina. A Alemanha começou perdendo para o Japão por 2×1, empatou com a Espanha (1×1) e venceu a Costa Rica, deixando livre o caminho para o Brasil comemorar a liderança de títulos por mais um ano. Fez tudo diferente na preparação feita no Brasil quando conquistou o tetracampeonato. Tem muito trabalho pela frente para arrumar um time.
Lamentável a decisão de alguns treinadores em mandar a campo times reservas, num torneio de apenas sete jogos, podendo tirar os mais desgastados, três ou quatro, os mais velhos ou punidos com cartão. A maioria na metade da temporada. Assim Portugal perdeu a invencibilidade para a Coreia do Sul, a França para a Tunísia e o Brasil, com seu técnico teimoso, que não gosta do hino, perdeu para Camarões.
Nenhuma seleção venceu os três jogos da fase de grupos.
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IATA ANDERSON – Jornalista profissional, titular da coluna “Tribuna dos Esportes”. Trabalhou em alguns dos principais veículos de comunicação do país como as Organizações Globo, TV Manchete e Tupi; Atuou em três Copas do Mundo, um Mundial de Clubes, duas Olimpíadas e todos os Campeonatos Brasileiros, desde 1971.
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