Redação

O pré-candidato à presidência pelo PDT, Ciro Gomes, afirmou neste domingo 1 que o presidente Jair Bolsonaro (PL) tentará um golpe caso seja derrotado na eleição de outubro deste ano. Em evento que comemorou o centenário do ex-governador Leonel Brizola, o pedetista disse ainda que o ex-capitão promove conflitos institucionais para evitar falar dos problemas que sofre o País.

“Ele vai tentar deslegitimar o processo [eleitoral] e, se conseguir acumular forças, vai tentar o golpe”, declarou o pedetista à CartaCapital na sede do PDT em Brasília.

DISSE CIRO – “Eu cansei de avisar. O que está acontecendo é que o PT e o Lula foram para uma bolha e só falam para convertidos e o Bolsonaro está criando essa coisa que é o fascismo, que é a violência, a agressividade, o insulto às instituições. É para tirar da cabeça do povo o que ele deveria responder”, disse Ciro, acrescentando:

“Ele quer fazer confusão institucional envolvendo uma briga de militares com tribunais porque a inflação é a maior dos últimos 27 anos”, avaliou Ciro. “O salário mínimo tem o pior poder de compra dos últimos 15 anos e só perde para a Venezuela. Ele não tem como explicar tudo isso e aí puxa confusão”.

No evento, o pedetista ainda comentou a reação que teve a apoiadores de Bolsonaro durante uma feira do agronegócio no interior de São Paulo. “Se engana o fascista brasileiro que vai atravessar o meu caminho e me intimidar”.

LEMBRANDO BRIZOLA – No ano do centenário de Leonel Brizola, ex-governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro, o PDT inaugurou neste Dia do Trabalhador a exposição “Uma vida pela libertação do nosso povo” na Câmara dos Deputados.

“Lembrar, no Brasil de hoje, a saga de Brizola é mais que uma necessidade, trata-se de um dever de todo patriota”, discursou Ciro. “Uma história cheia de vitórias, mas também com algumas derrotas. Mas sempre a história de um batalhador, de um guerreiro que nunca se rendeu nem se intimidou”.

Na ocasião, Ciro ainda disse que setores da esquerda e da direta se igualam na política econômica, em alusão a governos do PT e o de Bolsonaro. “Aqueles que se diziam de esquerda, apenas douraram a pílula para diminuir um pouco a miséria e conter a rebeldia do povo”, declarou. “Optaram pelo que se costuma chamar de ‘pobrismo’, manejando políticas compensatórias, mas sem implantar um projeto profundo de transformação do País.”

Fonte: Carta Capital


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