Redação

A Central CSP Conlutas lançou Cartilha que alerta os trabalhadores dos riscos da Medida Provisória 905, editada pelo presidente Bolsonaro e o ministro Paulo Guedes, da Economia.

A Cartilha tem sido distribuída pelas Centrais, em locais de trabalho e terminais de transporte público, dentro da Jornada de Lutas cuja primeira fase se encerra nesta sexta, 13.

O dirigente da Conlutas, Luiz Carlos Prates (Mancha), em entrevista à Agência Sindical, informa que foram impressas 100 mil cartilhas. “O objetivo é fazer o debate e a denúncia da MP. A linguagem é bem popular e moldada para o público das fábricas e desempregados, que são afetados diretamente. Também utilizamos a Cartilha pra assembleias nos locais de trabalho. Precisamos que o trabalhador entenda o conteúdo da MP e, assim, some na luta pra derrotarmos a Medida”, explica.

Com texto claro e poucas páginas, a Cartilha vai direto ao assunto. O material enfatiza a necessidade dos trabalhadores se organizarem para derrotar a MP, que já recebeu na Câmara mais de 1.900 emendas.

De acordo com a CSP Conlutas, o governo, na prática, incentiva o subemprego. Diz o texto: “O governo premia os empresários com vantagens fiscais e trabalhistas, enquanto e penaliza os trabalhadores, que perdem direitos e segurança”.

Conteúdo – Existem, segundo a publicação, 12 pontos graves de prejuízo aos trabalhadores: Ficam sem CLT e sem Convenção Coletiva; Redução da alíquota do FGTS, que cai de 8% pra 2%; Férias, 13º e saldo do FGTS podem ser parcelados em até 12 vezes; Redução do adicional de periculosidade – que pode cair de 30% para 5%; Estímulo a demissões – empresa manda embora o celetista e põe em seu lugar um precarizado; isenção de INSS para patrões; Fim do reconhecimento do acidente de trajeto; Auxílio-acidente – reduz o benefício a 50% do que hoje é praticado; Trabalho aos domingos sem receber hora extra; PLR – tira os Sindicatos da negociação; Fiscalização amiga dos patrões, com afrouxamento das regras; Taxação de desempregados – parcelas do seguro-desemprego poderão ser descontadas entre 7,5% e 8,14%.

Luta – A Cartilha propõe a bandeira de “redução de jornada de trabalho” e “um plano de obras públicas” a fim de reaquecer a construção e aumentar os empregos. A Central considera que as condições amadurecem para  a Greve Geral contra os desmandos.

Clique aqui e acesse o conteúdo na íntegra. A Cartilha pode ser baixada no micro ou celular.

Fonte: Agência Sindical