Por Iata Anderson –

O Botafogo apagou direitinho o fogo do Fortaleza, que vinha soltando fumaça, atropelando todo mundo. Além de ganhar fora, derrotou um time que não perdia há cinco jogos, melhor campanha do segundo turno, sem sofrer um golzinho sequer. Saiu da 17ª posição, dois pontos acima da zona de rebaixamento, foi para 13º, baita respirada. O Fluminense despencou na tabela, está em quinto lugar, depois de perder para o Athletico PR, sempre muito difícil jogando em casa, cheia, campo difícil de jogar, nesse caso beneficia quem está mais acostumado, não é igual para os dois. O Palmeiras empatou pela terceira vez e o Flamengo não aproveitou, por absoluta falta de coragem para mudar o planejamento. Meteu quatro no Velez – dá pena – muda tudo, põe os titulares no Brasileiro e vamos tirar a diferença, está classificado, até porque o time “B “ é muito bom, está invicto, faria bonitinho o dever de casa. Deixaram escapar dois pontos que, com certeza, farão falta lá na frente. Gabriel expulso, outra vez, por reclamação. Deve ganhar uma semana de folga, com passagens, claro para acompanhante, em Aruba.

Os árbitros perderam totalmente o que tinham de melhor, no passado, autoridade. Hoje correm, quando são pressionados pelos jogadores, impensado contra Mario Vianna, Alberto da Gama Malcher, Wright, Arnaldo e tantos outros. Wilton Pereira Sampaio, cotadíssimo, árbitro Fifa, foi assim no jogo do Vasco em Brusque.  Medroso, administrando o jogo, como a maioria, vive o pior momento da carreira, deveria ter parado há muito tempo, sair com dignidade. Aceita fazer esse papel, totalmente desgastado, lamentável coadjuvante de um jogo medíocre. O gigante Vasco leva torcida onde joga, sempre foi assim, mas não vence fora de São Januário há seis partidas, profundamente lamentável, agora perseguido de perto por cinco adversários que querem seu lugar no G4. Nos jogos Flamengo x Ceará e Fortaleza x Botafogo, o mesmo problema, árbitros contra todos, jogadores indisciplinados, querendo levar vantagem e “testando” o árbitro a cada lance. Deram muito “papo”, tapinhas, um gole de água aqui, outro acolá, levanta do chão, foi-se a autoridade, instalou-se a “parceria”, “amizade”. Árbitro não tem que conversar com jogador, como policial não conversa com bandido, cada um na sua. É só uma imagem, não comparação, claro, antes que algum sabichão mude a regra. Como o comentarista do première no jogo do Botafogo, que acusou o árbitro de impedir a cobrança de corner, mentira. Apenas mandou cobrar no lugar indicado pela regra. Ainda disse que a posição da bola quem determina é o jogador, repetiu três vezes.

Por isso que a carroça não anda, muito incompetente jogando contra, querendo fazer média com torcedor.

Corinthians e Internacional ficam no 2 a 2 em Itaquera

A moda é dos sinalizadores. Ou a CBF toma uma medida radical, altas multas e perda de pontos, ou não vai conseguir estancar a nova onda, mais adiante. Infelizmente o futebol brasileiro está sobrevivendo às mediocridades, dentro e fora de campo, cada dia um fato novo para manchar o esporte mais popular do mundo, cinco vezes campeão, dentro das quatro linhas. Difícil é lidar com ele fora delas.

O Atlético-MG retomou o caminho das vitórias no Campeonato Brasileiro ao superar o Atlético-GO por 2 a 0, na noite deste domingo (4) no estádio Antônio Accioly, pela 25ª rodada da competição

“Carnaval carioca” foi a chamada do jornal espanhol AS, falando da goleada do Flamengo sobre o Velez Sarsfield que já foi um dos grandes do futebol argentino, hoje na zona do rebaixamento. Um pouco mais de profissionalismo – os times brasileiros têm essa mania – e a vaga para a final da Libertadores estaria carimbada. Está, diriam os mais afoitos, o que concordo, mas daria para lançar o time B, muito bom, por sinal. Continuo não entendendo a cabeça de alguns treinadores. Os clubes vivem reclamando do calendário, não têm datas e o Doriva faz 3×0, aos 60 minutos e fica vendo o tempo passar para fazer aquelas alterações aos 85 minutos. Jogo ganho, tira cinco e manda descansar, dá meia hora de repouso, importante numa temporada puxada como essa. Aos 77 minutos Arrascaeta fez sinal e saiu. Aos 84 minutos, três alterações, saindo Everton Ribeiro, muito abaixo tecnicamente, Gabigol, fez bom jogo como assistente e João Gomes, cada dia gosto mais do futebol dele. Bem Davi Luiz, ganhando todas no alto e novo partidaço de Rodinei, nova versão de Josimar. Mas a noite foi de Pedro, excelente jogador, fase espetacular. O campo, deixa pra lá, falta do que falar da chamada imprensa especializada.

De olho na renovação do elenco, o Real Madrid investe pesado em jogadores novos, como Tchouaméni, 19 anos, eleito maior revelação da Europa na temporada passada, após Camavinga, 18 anos, convocado para a seleção principal da França, uma das favoritas na copa do mundo no Qatar. O primeiro ganhou a vaga deixada por Casemiro, na vitória sobre o Betis, quarta seguida na Liga, o outro ocupará o lugar de Toni Kroos, que formou com o croata e Casemiro o meio de campo mais vencedor no futebol europeu. Seguindo um dos meus informantes na Espanha a próxima investida será em Endrick, joia do Palmeiras, que poderá ser contratado por 60 milhões de euros, aproximadamente 600 milhões de reais, pouco improvável de ser recusado por qualquer clube brasileiro.

IATA ANDERSON – Jornalista profissional, titular da coluna “Tribuna dos Esportes”. Trabalhou em alguns dos principais veículos de comunicação do país como as Organizações Globo, TV Manchete e Tupi; Atuou em três Copas do Mundo, um Mundial de Clubes, duas Olimpíadas e todos os Campeonatos Brasileiros, desde 1971.

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