Por Emanuel Cancella –
Minha querida irmã, Andiara de Almeida Cancella, morreu no dia 9/05/20, um sábado. Como todo morto pela Covid-19, não recebeu visita no hospital e nem teve velório.
Andiara era uma jovem senhora aos 72 anos, bonita e cheia de vida. Amava a família, os filhos e os netos. Quase toda sexta-feira Andiara me ligava, toda feliz e sorridente, me comunicando: “Mano, já estou no sítio” (4)!
O sítio, na verdade, se muito, uma chácara, é uma propriedade que tenho em Campo Grande, RJ, onde ela passava seus fins de semana, na maioria das vezes, sozinha. Os três cachorros, outra sua paixão, que vivem no sítio, parecem chorar com sua ausência, disse uma vizinha.
Bolsonaro foi indiciado por nove crimes na CPI da Covid. Eu responsabilizo o ex-presidente Bolsonaro, não só pela morte de minha irmã, mas pelas mais de 600 mil mortes já que, segundo especialistas, 400 mil mortes da Covid poderiam ter sido evitadas (3,4).
Não morreria tanta gente se Bolsonaro não tivesse virado garoto propaganda da Cloroquina, contraindicada pela OMS no tratamento da Covid; se não tivesse pregado “O não fique em casa” ou se não recomendasse a ida ao médico só depois de uma semana com os sintomas. E ainda quis se aproveitar do momento terrível: num dos nove indiciamentos na CPI da Covid, o governo Bolsonaro iria comprar 400 milhões de vacina com um dólar de propina cada vacina (6,7).
Bolsonaro genocida continua solto, mas advogada diz sobre morte de preso do 8/1: “Moraes e STF precisam ser responsabilizados” (1).
Lembrar a essa advogada que o ato do qual seu cliente participou, o do 8/1, incluía explodir um caminhão no aeroporto de Brasília (2).
Não podemos esquecer a reunião de Bolsonaro com deputado Silveira, senador Marcos Du Val, publicada na Veja, inclusive com áudio anexo, que pretendia: Anular as eleições, prender Alexandre de Moraes, afastar o presidente eleito Lula e manter na presidência Bolsonaro (5).
Lógico que as penas estão sendo aplicadas de forma diferenciadas, mas todos que participaram do ato de 8/1 precisam ser punidos: os que organizaram como Bolsonaro; os que depredaram a Praça dos Três Poderes; os que financiaram e os que poderiam impedir os atos e se omitiram, como o governador de Brasília Ibaneis Rocha e o Secretario de Segurança Pública Anderson Torres.
Fonte:
4 – https://emanuelcancella.blogspot.com/2020/08/bolsonaro-e-o-principal-culpado-pela.html
EMANUEL CANCELLA – Advogado (OAB/RJ 75.300), ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex-diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da Federação Única dos Petroleiros (FUP), fundador e coordenador da FNP, ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, colunista desta Tribuna da Imprensa Livre, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido no site Mercado Livre. Em função das boas práticas profissionais recebeu em 2017 o Prêmio em Defesa da Liberdade de Imprensa, Movimento Sindical e Terceiro Setor, parceria do jornal Tribuna da Imprensa Livre com a OAB-RJ.
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