Redação

A Secretaria-Geral da Presidência informou nesta quarta-feira, dia 4, que o presidente Jair Bolsonaro prorrogou a presença de tropas das Forças Armadas na Amazônia. De acordo com a pasta, o decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) será publicado no “Diário Oficial da União” desta quinta, dia 5 e definirá que as tropas permanecerão na região até 30 de abril do ano que vem.

Os militares estão na Amazônia Legal, por meio da Operação Verde Brasil, desde maio. O governo decidiu enviar tropas para a região a fim de fazer ações preventivas e repressivas contra delitos ambientais. A operação é direcionada ao combate ao desmatamento ilegal e a focos de incêndio. O decreto de GLO previa que a operação acabaria em junho. Mas o prazo foi estendido para julho e, depois, para novembro.

COM RECURSO  – Na semana passada, o vice-presidente Hamilton Mourão, que comanda o Conselho Nacional da Amazônia Legal, afirmou que o governo federal iria prorrogar novamente a presença das Forças Armadas na Amazônia.

Segundo Mourão, foram alocados R$ 400 milhões para a operação e ainda há R$ 180 milhões. “Nós estamos com recurso, e o recurso é suficiente para chegar até abril”, declarou o vice-presidente na ocasião. O vice-presidente iniciou nesta quarta-feira uma viagem pela Amazônia com embaixadores de outros países a fim de mostrar a situação da região.

QUEIMADAS  – De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), as queimadas na Amazônia em 2020 já ultrapassaram o total registrado de janeiro a dezembro de 2019. Ao todo, segundo o Inpe, foram detectados pelos satélites 89.604 focos de calor até agora. No ano passado, foram detectados 89.176.

Ainda segundo Inpe, a Amazônia Legal registrou 964 km² de áreas sob alerta de desmatamento em setembro deste ano. O número é o segundo maior em cinco anos.

Os alertas foram feitos pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), que produz sinais diários de alteração na cobertura florestal para áreas maiores que 3 hectares, tanto para áreas totalmente desmatadas como para aquelas em processo de degradação florestal.


Fonte: G1