Redação

Não citou diretamente Biden, mas o chamou de “candidato”.

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta 3ª feira (10.nov.2020) que “quando acabar a saliva, tem que ter pólvora” ao se referir a possíveis barreiras comerciais impostas por outros países condicionadas à preservação da Amazônia. No discurso, o presidente se referiu a Joe Biden, presidente eleito dos Estados Unidos, como “1 grande candidato à chefia de Estado”.

Biden propôs formar de uma coalizão internacional para transferir US$ 20 bilhões (cerca de R$ 115 bilhões) ao Brasil para a preservação da Amazônia.

É a 1ª vez que Bolsonaro se refere indiretamente a Biden depois de a mídia norte-americana declarar a vitória do postulante democrata.

“Assistimos há pouco 1 grande candidato à chefia de Estado dizer que, se eu não apagar o fogo da Amazônia, levanta barreiras comerciais contra o Brasil. E como nós podemos fazer frente a tudo isso? Apenas a diplomacia não dá, né Ernesto?”, disse, direcionando-se ao ministro das Relações Exteriores.

Porque, quando acabar a saliva, tem que ter pólvora. Se não, não funciona. Precisa nem usar a pólvora, mas precisa mostrar que nós temos”, completou o presidente.

Assista à declaração de Bolsonaro (1min11s):

A proposta de impor barreiras foi apresentada pelo democrata durante o 1º de debate para a eleição norte-americana realizado na noite de 29 de setembro. Biden disse ainda que, caso eleito, poderia impor sanções ao Brasil caso o problema não seja sanado.

Assista ao momento (1min30s):

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Brasil tem que deixar de ser país de maricas, diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta 3ª feira (10.nov.2020) que o Brasil tem que deixar de ser 1 país de “maricas” – termo pejorativo para se referir a homossexuais. De acordo com ele, tudo agora é pandemia de coronavírus e superdimensionado. “Não adianta fugir da realidade“, declarou. “Geração hoje em dia é Nutella”.

Bolsonaro também usou o termo marica para criticar pessoas que defendem alianças de centro. O jornal Folha de S.Paulo revelou no domingo (8.nov.2020) que o ex-juiz federal Sergio Moro recebeu o apresentador de TV Luciano Huck em Curitiba, em outubro, para discutir o panorama eleitoral e uma possível união.

“Nós temos que buscar mudanças. Não teremos outra oportunidade. Já vem uma turminha falar: ‘Queremos 1 centro, nem ódio para lá, nem ódio para cá’. Ódio é coisa de marica, pô. Meu tempo de bullying na escola era porrada. Agora, se chamar o cara de gordo é bullying”, declarou o presidente em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília.

Segundo Bolsonaro, diversos políticos querem a cadeira dele e buscam chegar à Presidência criticando-o. “Quem acha que eu tenho tesão nesta cadeira está errado”. De acordo com o presidente, só a esquerda ganha com isso. Bolsonaro falou que o ex-presidente da Argentina Maurício Macri não conseguiu implementar as reformas propostas por ele porque “levava pancadas” de aliados. Na avaliação do chefe do Executivo brasileiro, isso abriu espaço para Cristina Kirchner retomar o poder.


Fonte: Poder360