Por Daniele Ferreira e Karlos Holanda

A perda auditiva é um distúrbio sensorial cada vez mais comum na população mundial.

Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), estima-se que 1,5 bilhão de pessoas apresentam algum grau de problema auditivo e estima-se que em até 2.050 este número possa chegar a 2,5 bilhões. É considerada como a deficiência com maior impacto na qualidade de vida da população, o que fez com que a OMS a colocasse como uma de suas cinco prioridades para esse século.

Apesar de dados tão alarmantes, observa-se que a grande maioria dos indivíduos acometidos, não busca o serviço especializado na fase inicial das queixas. Segundo dados da Associação Brasileira de Otorrinorinolaringologia, um indivíduo demora por volta de 7 anos para procurar ajuda especializada, e mais 2 anos para escolher um tratamento, e essa demora pode levar a surdez definitiva.

Deficiência auditiva não tratada pode gerar problemas? Veja

Mas quais os sinais que podem indicar que sua audição está apresentando algum problema? Citarei alguns dos principais sinais:

– Dificuldade para ouvir e/ou compreender;

– Falar muito alto ou muito baixo pela impossibilidade de monitorar a própria voz;

– Ouvir a Televisão em volume alto;

– Fazer leitura labial ou pedir para repetirem o que foi dito com frequência;

– Presença de zumbido ou hipersensibilidade à sons;

– Sensação de ouvido tampado;

– Dificuldade para comunicar no telefone celular.

Consequências da Perda Auditiva -

O envelhecimento é a principal causa de perda auditiva. A partir da quinta década de vida é comum que haja algum grau de baixa da acuidade auditiva, e isso ocorre devido a redução de células auditivas, que se acentuam com o aumento da idade do indivíduo. Esse processo pode ser acelerado pela presença de alguns fatores de risco, como por exemplo a Diabetes, Hipertensão Arterial e o Tabagismo. Porém vale ressaltar que existem outras causas que podem levar a perda auditiva, e que devem ser sempre avaliadas, como: processos infecciosos, presença de cera, exposição frequente ao ruído intenso, uso de medicamentos ototóxicos (tóxidos ao ouvido), tumores e hereditariedade.

Ao perceber que sua audição está se deteriorando é importante procurar o mais breve possível um Otorrinolaringologista, para uma investigação que irá verificar a existência ou não do déficit auditivo. Sabe-se que diagnósticos precoces favorecem a intervenções mais precisas e adequadas, a fim de minimizar os impactos sociais, cognitivos, linguísticos e emocionais motivados pela privação de estímulos sonoros.

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Na hipótese de perda auditiva permanente poderá ser indicado o uso de Aparelhos Auditivos, que funcionam como amplificadores sonoros, muitas vezes devolvendo a capacidade auditiva ao paciente. Mas não basta colocar um aparelho no ouvido, sendo necessário um processo de adaptação e acompanhamento constante que será realizado desde o início pelo fonoaudiólogo. Vale ressaltar, que os aparelhos auditivos atuais conseguem aliar questões estéticas a demandas auditivas e ao conforto, devolvendo dessa forma a qualidade de vida das pessoas.

Ouvir é mais do que só um sentido. É uma ferramenta poderosa que permite estar inserido e atuante na sociedade. Cuide de sua audição e procure ajuda sempre que perceber qualquer alteração.

Dr. KARLOS GUDDE DE HOLANDA MOURA – Médico – CRM 5276708-5, titular desta “Tribuna da Saúde”, colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre; Residência Médica em Anestesiologia pelo Hospital Beneficência Portuguesa da São Paulo; Pós-graduado em Laser, Cosmiatria e Procedimentos pela FATESA de Ribeirão Preto; Pós-graduando em Nutrologia pela USP de Ribeirão Preto; Professor da Pós-Graduação de Laser, Cosmiatria e Procedimentos na FATESA de Ribeirão Preto. @dr.karlosholanda

DANIELE FERREIRA é fonoaudióloga (CRFa 13.804 RJ) formada pela UFRJ e pós-graduada em Audiologia Clínica Pela UVA. É diretora da Vitale Aparelhos Auditivos. @daniele.ferreiras

Envie seu texto para mazola@tribunadaimprensalivre.com ou siro.darlan@tribunadaimprensalivre.com


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