Por Sérgio Cabral Filho

As catástrofes ambientais estão mais frequentes em nosso planeta.

A Terra está sendo aquecida por nós humanos numa velocidade estonteante e suicida. Somos quase 8 bilhões de humanos produzindo lixo ambiental para rios, lagoas, mares, florestas e todos os tipos de biomas.

Menos de 350 milhões de norte-americanos consomem mais do que 3 bilhões de pessoas no mundo. Nos últimos 49 anos, graças à sabedoria e liderança de Deng Xiaoping, a China elevou o patamar de consumo de 1,3 bilhão de pessoas. Sendo que 800 milhões consomem bem e 100 milhões consomem muito. Na Índia, há um crescimento vertiginoso do PIB que lembra a China de 10 anos atrás.

Moderno distrito de Pudong, o centro financeiro de Xangai, epicentro comercial da China

E o que mais lutamos no Brasil e no planeta é por melhores condições de vida. Por justiça social e maior equilíbrio na distribuição de renda. Por outro lado, o crescimento do consumo por mais humanos, no modelo industrial e econômico atual, nos levará ao caos e ao suícidio coletivo.

Aqui no Brasil, nossa balança comercial depende, em parte, da produção extrativista. E com sérios problemas nos cuidados com nossos biomas. Rios e canais assoreados nas grandes e médias cidades. Esgoto a céu aberto. Pouco verde nas principais urbis do país, modelo de mobilidade ultrapassado e poluente, precário transporte de massa, enfim, muitos desafios.

Portanto, o Brasil deve buscar metas ambientais com absoluta transversalidade em todas as politicas públicas daqui em diante.

Milhões de pessoas foram afetadas por chuvas no RS

Qualquer custeio e investimento em quaisquer setores dos governos nos três níveis deveriam passar por um um comitê que gere padrões e matrizes para nortear os gestores públicos.

Desde creches, escolas, indústria ou produção agrícola com recursos financiados por bancos públicos, estradas, postos de saúde, UPAs, hospitais, enfim, dinheiro público com matriz ambiental no conceito e na execução.

Pactos entre o ministério público, governantes, sociedade civil, devem ser organizados por todo o país visando qualificar nossa preocupação ambiental. Claro que o ótimo é inimigo do bom, não dá para exigências utópicas, mas devemos iniciar esse processo de compromisso nacional com o nosso pedaço de terra e água no planeta.

Quando nosso organismo nos alerta com um problema de saúde, procuramos o diagnóstico e a cura. Se todos os sinais que a Terra tem nos dado com catástrofes ambientais como a do Sul do país e os diagnósticos da ciência sobre o forte aquecimento global não forem suficientes para uma nova e radical postura diante do planeta, será porque fracassamos na nossa linda e dadivosa jornada abençoada por Deus.

SÉRGIO CABRAL FILHO – Jornalista e Consultor Político da Tribuna da Imprensa Livre.

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