Por Carlos Barreto –
É mais o que nos aproxima do que o que nos separa, além de um oceano…
Muitas culturas entrelaçadas, Portugal e México são países com grandes diferenças em dimensão, população e culturas mas algo os une que são séculos de história, de povos que sempre procuraram o conhecimento e que os liga a latinidade e o otimismo de procurar sempre o melhor para o futuro.
A emigração torna os singulares, ambos os povos sempre foram na busca de melhores vidas, melhores condições na procura de garantir um futuro mais risonho.
Nos últimos tempos tenho me deparado com aproximações que não as imaginava, a fé sendo uma delas, pois na maioria são povos católicos apostólicos Romanos, e que acreditam em algo superior que nos guia e nos une. A forma de estar e reagir com muita astúcia e um sentido de humor voraz, muito igual nas diferenças.
A língua sendo o português e o espanhol entendível, não cria obstáculos nem barreiras, na universo do entendimento, aproximando séculos nas suas origens.
O México é um País imenso com 130 milhões de habitantes sendo o país de língua espanhola mais populoso do mundo, dividido em 32 estados autónomos incluindo a Cidade do México.
A economia do México é, atualmente, a 11ª (considerada a 2.ª mais desenvolvida da América Latina, superada somente pelo Brasil). O México a 23.ª maior receita de turismo no mundo e a maior da América Latina. A grande maioria dos turistas que visitam o México são oriundos dos Estados Unidos e do Canadá, seguidos por visitantes de países da Europa e da Ásia, estes são os dados que tornam o México um player importante no cenário da economia e importância mundial.
A cultura mexicana espelha a complexidade da história do país através de várias misturas de civilizações pré-hispânicas, cuja origem tem tudo a ver com a colonização de 300 anos da Espanha. A arte pós-revolucionária no México expressa, nas obras de artistas renomados como Frida Khalo, Diego Rivera, José Orozco, Rufino Tamayo, Frederico Cantú Garza, David Siqueiros, a irreverência de um povo. Diego Rivera, a figura mais conhecida do muralismo mexicano, pintou o “Man at the Crossroads” no Rockefeller Center em New York City (foto abaixo), que foi destruído, devido à inclusão de um retrato de Lenine. Este movimento muralista espelha a genuinidade da arte Mexicana e que a torna singular no mundo das artes. Alguns dos murais de Rivera estão em exposição no Palácio Nacional mexicano e no Palácio de Belas Artes.
Séculos de história repetem-se na forma como olhamos para um passado rico de vidas e vivências, culturas, gente que defende as origens, enaltece o orgulho dos seus antepassados.
Nestes últimos tempos conheci Luis Gonzales um mexicano puro sangue, com um dom de falar certo que me deu a conhecer e apresentou Antonio Rosales, ambos pessoas do bem que com o seu humor bem mexicanos brincam com tudo e com todos de uma forma singular. Por isso digo que o que mais aproxima Portugueses e Mexicanos é a diferença de séculos de historia com DNA de cada povo bem vincado e que se manifesta à medida que nos vamos dando a conhecer.
Portugal e México uma fronteira de universos, culturas que nos aproximam.
CARLOS BARRETO – Consultor de Comunicação; Colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre, representante e correspondente internacional em Lisboa, Portugal.
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