Redação –
Em protesto às redes sociais que “promovem censura”, apoiadores de Trump e Bolsonaro planejam para esta sexta (15) o #SilenceDay.
A ideia é não postar, comentar nem curtir nada no Twitter, Facebook, Instagram e YouTube. Os participantes da iniciativa só utilizarão o Telegram na data.
Além de derrubar a audiência e afetar o faturamento com publicidade das plataformas, o objetivo do boicote é divulgar a existência de redes sociais que, na visão dos participantes, não praticam censura.
Depois que a rede social Parler, que vinha sendo usada para organizar protestos armados nos EUA contra a posse do presidente eleito Joe Biden, foi bloqueada nas lojas virtuais de aplicativos, a Conservative Core, que se define como uma rede social para conservadores que “respeita sua opinião e não coleta seus dados”, começa a ganhar força entre apoiadores de Trump e Bolsonaro.
“Ação ditatorial dos monopólios”
Entre os defensores das medidas tomadas pelas gigantes digitais contra Trump após a invasão do Capitólio em 6 de janeiro, o argumento principal é o de que a exclusão de contas pelo Twitter, Facebook e Instagram não é censura, porque as redes sociais não são o Estado, as contas da presidência (instituição) foram preservadas e a imprensa segue livre nos EUA.
A extrema direita, porém, não está sozinha nas críticas à exclusão das contas de Trump. Diferentes setores da sociedade viram na medida um risco à liberdade de expressão. Foi o caso do Partido da Causa Operária (PCO).
Em artigo publicado na internet, a diretoria do PCO alegou que o bloqueio das redes sociais de Trump é “uma ação ditatorial dos monopólios” e nenhuma das publicações do presidente republicano que foram “censuradas” pelo Twitter incentivava os protestos e a ocupação do congresso.
“A situação toda mostra que os monopólios das redes sociais são totalmente contrários à liberdade de expressão e estão transformando a internet, que tinha o potencial de ser um dos meios de comunicação mais democráticos e acessíveis à população, em um ambiente onde o único discurso presente é o que esteja de acordo com o que o imperialismo permite. É preciso sempre denunciar essas práticas antidemocráticas, mesmo quando elas ocorrem com elementos secundários da burguesia, que estão sendo oprimidos por seu setor fundamental.”
Fonte: Portal Imprensa
MAZOLA
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