Por Eusébio Pinto Neto –
Apesar do bom desempenho da política econômica do governo, o Banco Central continua a fazer pressão para forçar cortes nos gastos públicos.
Pela segunda vez consecutiva, a instituição elevou a taxa de juros no país utilizando a mesma tática do mercado financeiro, a especulação.
Para elevar a taxa de juros, o Banco Central justificou as incertezas na economia americana com a vitória de Donald Trump, a inflação e o ajuste fiscal no Brasil.
A decisão tomada pelo Banco Central é surreal e fez com que a taxa de juros voltasse ao nível de março deste ano. A alta dos juros, agora, preocupa o setor produtivo que busca nos empréstimos uma forma para expandir a produção e aumentar a oferta de emprego.
Essa medida terá consequências negativas para a atividade econômica do país e desestimulará os investimentos nos próximos meses.
As pequenas empresas, as maiores empregadoras do país, consideram que as taxas de juros elevadas vão impactar não apenas no custo do crédito, mas também na disposição dos bancos em oferecer condições favoráveis.
A política de financeirização do BC tem um impacto direto no mercado de trabalho
A decisão é um balde de água fria justamente quando o país vive um momento de pleno emprego. O desemprego registrou a menor taxa desde 2012. A população ocupada com algum tipo de trabalho (formal ou informal) chegou a 103 milhões. Mais emprego significa mais dinheiro injetado na economia.
No governo Lula, a renda média do trabalhador cresceu, o consumo aumentou, elevando, assim, as projeções do PIB (Produto Interno Bruto) para 2024.
O Banco Central ameaça com uma nova alta dos juros na próxima reunião em dezembro, o que pode levar a uma estagnação econômica.
A pressão do mercado financeiro por corte nos gastos públicos conta com o apoio das grandes mídias que colocam na conta do pobre o déficit do país.
Não se fala em cortar o fundo eleitoral, que neste ano distribuiu cerca de R$ 5 bilhões para os partidos, nem os incentivos fiscais concedidos aos megaempresários.
O ajuste fiscal é para os pobres. Os neoliberais defendem a redução do valor do seguro-desemprego e do abono salarial (PIS), a restrição ao acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) e cortes nas pastas da educação e da saúde.
No estilo ‘Robin Hood’ às avessas, o Banco Central pressiona a equipe econômica para tirar o pouco dos pobres para deixar mais rico quem já tem muito.
EUSÉBIO LUÍS PINTO NETO é presidente do Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado do Rio de Janeiro (SINPOSPETRO-RJ) e da Federação Nacional dos Frentistas (FENEPOSPETRO), consultor sindical da Tribuna da Imprensa Livre.
Envie seu texto para mazola@tribunadaimprensalivre.com ou siro.darlan@tribunadaimprensalivre.com
PATROCÍNIO
Tribuna recomenda!
MAZOLA
Related posts
Editorias
- Cidades
- Colunistas
- Correspondentes
- Cultura
- Destaques
- DIREITOS HUMANOS
- Economia
- Editorial
- ESPECIAL
- Esportes
- Franquias
- Gastronomia
- Geral
- Internacional
- Justiça
- LGBTQIA+
- Memória
- Opinião
- Política
- Prêmio
- Regulamentação de Jogos
- Sindical
- Tribuna da Nutrição
- TRIBUNA DA REVOLUÇÃO AGRÁRIA
- TRIBUNA DA SAÚDE
- TRIBUNA DAS COMUNIDADES
- TRIBUNA DO MEIO AMBIENTE
- TRIBUNA DO POVO
- TRIBUNA DOS ANIMAIS
- TRIBUNA DOS ESPORTES
- TRIBUNA DOS JUÍZES DEMOCRATAS
- Tribuna na TV
- Turismo