Redação

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) foi empossado nesta quarta-feira (4) como ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. A cerimônia realizada no Palácio do Planalto foi prestigiada por diversos ministros do governo, além de ter a presença do presidente Lula (PT). Em seu discurso de posse, Alckmin destacou que os principais esforços de sua gestão serão o de promover a reindustrialização do Brasil e retomar o desenvolvimento sustentável.

“A reindustrialização é essencial para que possa ser retomado o desenvolvimento sustentável e que essa retomada ocorra sob o único prisma que a legitima: o da justiça social”, destacou Alckmin.

Segundo o vice-presidente e ministro, a recriação do ministério é necessária para a “reconstrução” do país após “quatro anos de descaso e má gestão pública”. “Lula, com acerto, determinou a recriação do MDIC, como uma medida fundamental para o Brasil retomar o caminho do seu desenvolvimento, como já ocorreu em seus governos bem sucedidos”, ressaltou.

Alckmin também defendeu que o país tem potencial para ser o “grande protagonista do processo de descarbonização da economia global” e poderá integrar às cadeias globais de valor com investimentos em inovação e novas tecnologias. “O Brasil não pode prescindir da indústria se tiver ambições de alavancar o crescimento econômico e se desenvolver socialmente. Ou o país retoma a agenda do desenvolvimento industrial, ou não recuperará o caminho de crescimento sustentável, gerador de emprego”, afirmou.

O presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, participam de solenidade de investidura no cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), no Palácio do Planalto.
O presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, participam de solenidade de investidura no cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), no Palácio do Planalto. (Fotos: Agência Brasil)

O ministro também prometeu reforçar os laços com Conselho Nacional da Indústria (CNI) e fortalecer o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), vinculado à pasta e que será presidido pelo ex-ministro Aloizio Mercadante. “É um banco historicamente vital para políticas estruturadas de desenvolvimento, vamos fortalecer o papel do BNDES como alavanca do desenvolvimento econômico e social”, afirmou. “O MDIC será seu primeiro apoiador”, acrescentou.

O ex-procurador-geral de São Paulo, Marcio Elias Rosa, será o secretário-executivo do MDIC. Elias Rosa esteve no Ministério Público de São Paulo entre 2012 e 2016, quando Alckmin era o governador do estado. Já Pedro Guerra será o chefe de gabinete da vice-presidência. Formado em Direito e especializado em administração pública, Guerra é um conselheiro político de Alckmin.

Apesar de acumular os dois cargos, Alckmin não receberá dois salários. O vice-presidente terá uma remuneração mensal de R$ 39.293,32.

Ao indicar Alckmin como ministro, Lula repete a decisão que tomou durante seu primeiro mandato. Entre 2004 e 2006, o vice do petista, José Alencar, exerceu o cargo de vice-presidente e de ministro da Defesa.

Também estão previstas para esta quarta-feira as posses de Ana Moser, no Ministério dos Esportes; e de Marina Silva, no Ministério do Meio Ambiente. A embaixadora Maria Laura da Rocha assumirá como secretária-geral de Relações Exteriores.

Confira a cerimônia de posse:

Fonte: Congresso em Foco


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Haddad anunciará primeiras medidas econômicas na próxima semana

Ministro deu declaração após reunir-se com presidente Lula.

Na próxima semana, o governo anunciará as primeiras medidas econômicas, disse há pouco o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele deu a declaração ao retornar ao ministério após reunir-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por mais de duas horas.

Haddad não adiantou detalhes das medidas. Apenas disse que falará na próxima semana.

A declaração ocorre num dia em que o governo teve de corrigir declarações divergentes na área econômica. Hoje, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, disse que não está em estudo nenhuma revisão da reforma da Previdência, ao contrário do que tinha anunciado ontem (3) o ministro da Previdência, Carlos Lupi.

Durante a transição, Haddad tinha afirmado que a equipe econômica pretendia analisar as contas públicas para reestimar as receitas do governo e refazer a previsão de déficit primário para este ano. Caso a arrecadação venha menor que o previsto, o próximo governo poderá ter de aumentar impostos ou rever desonerações, mas o futuro ministro não falou sobre essa possibilidade.

O déficit primário representa o resultado negativo das contas do governo sem os juros da dívida pública. O Orçamento de 2023 estabelece como meta um déficit de R$ 231,5 bilhões.

Por causa da reunião com Haddad, o presidente Lula não participou da cerimônia de posse da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, no Palácio do Planalto. No momento, o ministro está reunido com o líder do Governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), no prédio do ministério.

Fonte: Agência Brasil

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