Redação

O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, requisitou à Polícia Federal que apure declarações feitas pelo ex-presidente Lula contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

De acordo com os petistas próximos ao ex-presidente, as falas em investigação foram feitas por Lula durante um encontro com integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). No evento, Lula comentou sobre o atual governo de Bolsonaro e disse que o país não “pode continuar com um governo com milícias”.

O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) e a deputada e presidente nacional do partido Gleisi Hoffmann (PR) acompanharam Lula na audiência realizada na manhã desta quarta-feira (19). Em um vídeo divulgado nas redes sociais os deputados consideraram a ação de Moro como uma forma de “intimidar” o ex-presidente.

Em nota, a  assessoria do ministério confirmou que o inquérito foi solicitado por Moro logo após o ex-presidente ter deixado a prisão. As falas de Lula podem ser enquadradas em crime contra a honra de Bolsonaro com base no Código Penal e na Lei de Segurança Nacional.

MAIS UMA VEZ, MORO TENTA INTIMIDAR LULA PARA BLINDAR A FAMÍLIA BOLSONARO

Hoje, @LulaOficial participou de audiência fruto de inquérito aberto com base na Lei de Segurança Nacional, a pedido de Moro à PF, para apurar declarações de Lula durante encontro com integrantes do MAB. pic.twitter.com/wX0zrL7QN3 — Paulo Pimenta (@DeputadoFederal) February 19, 2020

Confira a íntegra da nota divulgada pela pasta:

“O Ministério da Justiça e Segurança Pública requisitou a apuração contra Lula, assim que ele deixou a prisão, para investigar possível crime contra a honra do Presidente da República. Lula disse, à época, que Bolsonaro era chefe de milícia. Podem ter sido praticados os crimes do art. 138 do CP ou do art. 26 da Lei de Segurança Nacional”, afirma o comunicado oficial da pasta.


Fonte: Congresso em Foco