Por Kleber Leite

Branco, adorável figura humana, ex-baita jogador e hoje comandando as divisões de base na CBF, não se cansava de afirmar que o futebol é uma gangorra. Uma hora você está por cima, outra por baixo.

Na média, não deixa de ser uma verdade, porém, há quase sempre uma explicação para o momento bom, como para o ruim.

Vamos ao Flamengo, em que os dirigentes tiveram condições invejáveis de proporcionar um ano de felicidade para o torcedor, porém, até agora, nada da parte de cima…

Há situações em que o dirigente toma decisões corretas e coerentes, o que não quer dizer que tudo vá dar certo. Caso típico, o nosso atual momento.

A escolha de Tite, meio que óbvia, foi acertada, porém, nada garante que dê certo, pois o futebol tem as suas manhas…

O que importa é que os dirigentes fizeram o que deles se esperava.

Quem sabe, Tite possa ser o divisor de águas entre tantas  escolhas equivocadas e, finalmente, uma opção que nos leve e nos deixe por muito tempo na parte de cima da gangorra.

Tite é um profissional qualificado e amadurecido. Em 2005, convocado por Marcio Braga para ajudar a sair do sufoco ante a possibilidade de cair para a segunda divisão, após ajeitar o meio campo interno ao lado de Hélio Ferraz, fui para São Paulo tentar a contratação de Tite. A reunião foi demorada e Tite pediu tempo para pensar. O problema é que o Flamengo não podia esperar.  Cada dia era precioso para que o nosso barco voltasse ao rumo normal. Joel Santana foi a alternativa. O final do filme todos sabem…

Que Tite seja muito feliz. Como dizia minha avó Corina, e isto vale de formas distintas para Tite e para os nossos dirigentes, “antes tarde do que nunca…”

KLEBER LEITE é jornalista, radialista, empresário, dirigente esportivo, blogueiro e colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre. Fundador da Klefer Marketing Esportivo em 1983.

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