Por Pedro do Coutto –
Após as explosões em frente ao Supremo Tribunal Federal, o ministro Alexandre de Moraes, relator na Corte dos inquéritos que investigam os atos violentos de 8 de janeiro de 2023, classificou o episódio como “um dos mais graves atentados” contra a instância máxima do Poder Judiciário brasileiro.
“O que ocorreuno STF não é um fato isolado do contexto. Queria Deus, e a Polícia Federal vai analisar, os autos já estão com a presidência do STF, que seja um ato isolado. Mas é um contexto que se iniciou lá atrás, quando o famoso gabinete do ódio começou a destilar discurso de ódio contra as instituições, contra o STF principalmente, contra a autonomia do Judiciário, contra os ministros do Supremo”, afirmou Moraes.
EXTREMISMO – “Nós não podemos ignorar o que ocorreu ontem, e o Ministério Público é uma instituição importante e vem fazendo esse trabalho de manutenção da democracia e no combate a esse extremismo que nasceu e cresceu no Brasil em tempos atuais. Nós precisamos continuar combatendo isso”, prosseguiu o ministro do Supremo.
Em seu pronunciamento sobre o suposto atentado contra o STF, Alexandre de Moraes rechaçou a hipótese de uma anistia aos condenados pelos ataques violentos de 8 de janeiro ao Supremo, ao Congresso Nacional e ao Palácio do Planalto. O projeto de anistia vem sendo defendido por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Assim, concretiza-se a rejeição à aplicação da anistia aos que invadiram Brasília e depredaram o Palácio do Governo, o próprio STF e o Congresso Nacional; uma resposta às explosões ocorridas às portas da Corte Suprema que assim reagiu diretamente, revelando que não se deixa intimidar por forças golpistas que vandalizaram as dependências da República e agora investem na anistia como se nada tivesse acontecido até o momento em que novas explosões ocorreram.
ATENTADOS – Foi uma resposta à altura dos acontecimentos, demonstrando que a Corte Suprema não deixou se amendontrar com os atentados desfechados por Francisco Wanderly. O STF revelou uma correlação das investidas terroristas contra as instituições, pois as bombas que explodiram nesta semana representavam uma ameaça para que os ministros cedessem aos extremismos, concedendo à anistia. Mas não foi isso que aconteceu.
“A PF já está em vias de conclusão dos inquéritos dos autores intelectuais [do 8 de janeiro]. Mas isso não terminou (…) só é possível essa necessária pacificação do país com a responsabilização de todos os criminosos. Não existe possibilidade de pacificação com anistia a criminosos”, afirmou Moraes.
“O criminoso anistiado é um criminoso impune. E a impunidade vai gerar mais agressividade, como gerou. As pessoas acham que podem vir até Brasília, tentar entrar no STF para explodir o STF, porque foram instigadas a agredir, a atacar”, disse o magistrado. A intenção do terror se disfarça sob a capa de uma falsa democracia que se dispõe a atuar de forma violenta e até assassina.
Foi um episódio muito ruim, pior para os extremistas de 8 de janeiro.
PEDRO DO COUTTO é jornalista.
Enviado por André Cardoso – Rio de Janeiro (RJ). Envie seu texto para mazola@tribunadaimprensalivre.com ou siro.darlan@tribunadaimprensalivre.com
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