Por Sérgio Cabral Filho

Na última quinta-feira, foi inaugurado para convidados o novo Roxy. O antigo cinema da minha amada Copacabana e que frequentei toda minha adolescência, ressurgiu como casa de espetáculos, sob o comando dos empresários Alexandre Accioly e Dody Sirena.

Não conheço o novo Roxy mas torço muito pelo seu êxito. Por várias razões. A mais importante é a torcida pelo Rio. Aliás, torcida não. Amor escancarado! O Rio padece de autofagia histórica por parte de gente que fala, fala, fala…e nunca fez nada pelo coletivo. Isso vem do espírito de parte da elite desde a sede como colônia, império e república do Brasil.

Deixemos quem não faz nada para ressaltar o empreendedor carioca Alexandre Accioly. À frente de uma série de iniciativas voltadas para o entretenimento, lazer e bem estar, ele não para!

O Jardim de Alah, entre o Leblon e Ipanema, parque lindo que margeia o canal entre o Atlântico e a lagoa Rodrigo de Freitas, está abandonado. Área de respiro não só para o fluxo entre mar e lagoa, mas também de respiro urbano. Está largado pela prefeitura há anos. Nunca vi uma manifestação contundente pela sua revitalização até a chegada de Aciolly e seu ousado plano de ressurgimento do Jardim de Alah, sob forma de concessão pelo poder público municipal. Aí, Alexandre, você mexeu com essa gente mesquinha e covarde que não faz nada mas adora reclamar de qualquer iniciativa, principalmente as que atraem moradores de todas as áreas da cidade e da região metropolitana. Como no caso do Jardim de Alah. Adoram o passear no Convent Garden, em Londres, mas não querem “mistura” na sua área. Já basta a comunidade da Cruzada São Sebastião, legado da igreja católica progressista. Jardim de Alah que voltará a ter vida. Gastronomia, música e gente!!! Branca, parda, preta, turistas, enfim, exatamente do que precisamos! E muitos postos de trabalho! Diretos e indiretos.

A estação de metrô existente no local foi uma luta. Ela e toda a sua extensão tiveram o combate de “líderes” de Ipanema e do Leblon de cara feia e muitas reclamações com a obra. Perturbaram a mim e aos meus executivos dia e noite com apoio de matérias na mídia e até mesmo de gente com quem me assustei em me perguntar como seu neto iria passear na praça com a obra do metrô. Nem aí se seus funcionários vão dormir mais e melhor por ter metrô para ir e voltar para casa. Ao contrário! Como já registrei aqui. Houve uma senhora que me apelou para que a Linha 4 não funcionasse nos finais de semana. Pode acreditar!

Accioly não pensa pequeno. Chama os melhores profissionais em cada empreitada.

No Roxy tem como diretor do espetáculo o mago Abel Gomes. Responsável pelos eventos mais incríveis como o Réveillon de Copacabana, abertura e encerramento dos Jogos Pan-Americanos e Parapanamericanos, Jogos Olímpicos e Paralímpicos, entre centenas de outros no seu extenso currículo profissional. O Roxy emprega, a partir da reabertura, profissionais do canto, da dança, da cenografia, da gastronomia, entre tantos benefícios. Os hotéis já reservaram para os seus futuros hóspedes quase o ano inteiro da casa. Olha que maravilha!

Na rede de academias Bodytech iniciou com Bernardinho e Ronaldo Fenômeno e seguiu em frente nos piores momentos da última década. Da recessão econômica ao caos da COVID com todos os seus negócios fechados. Sobreviveu e a rede BT é um sucesso. Empregadora direta e indireta de milhares de empregos. Na gastronomia trouxe e traz para o Rio excelentes restaurantes como o Casa Tua. Mais empregos diretos e indiretos. A casa de espetáculos Qualistage, na Barra da Tijuca, é um sucesso com artistas nacionais e internacionais.

O Rio se livrou da direita pavorosa. Que não gosta de pobre nem de justiça social. Essa gente elegeu um ser que mandou a guarda municipal cassar livros na Bienal do Livro no Riocentro. Depois do atentado à bomba no início dos anos 80, foi a maior ação da direita no local. Já foi. Agora, na prefeitura do Rio, a eleição de um araponga travestido de parlamentar. Não deu.

Seguimos em frente! Mas não vou ressaltar essa turma, Alexandre, mas sim você e o seu amor pelo Rio.

Devo ter esquecido de alguma iniciativa ou empreendimento que você está ou estará envolvido. Como seu amigo, admirador e, principalmente, como carioca, muito obrigado. A Flip em Parati acaba de enaltecer a figura do grande João do Rio que me inspirou com seu texto a viver o Rio, assim como meu velho pai.

Com você, flanar pelas ruas do Rio fica cada vez melhor. Obrigado e boa sorte.

SÉRGIO CABRAL FILHO – Jornalista e Consultor Político da Tribuna da Imprensa Livre.

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