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Rock in Rio a Festa das Mãos de Trabalhadores! – por Rogéria Cardeal
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Rock in Rio a Festa das Mãos de Trabalhadores! – por Rogéria Cardeal

Por Rogéria Cardeal

Uououuouooooo Rock in Rio…

E se a Vida começasse agora?

E se ao invés de explorados, todos os trabalhadores de fato fossem renumerados de acordo suas funções?

E se ao invés de burlar a lei, a mão de obra de fato fosse valorizada.

O artigo 5• da constituição é claro sobre a liberdade em exercer profissões, desde que se cumpra os requisitos conforme lei.

O que está por trás dos contratantes que acabam terceirizando e, o terceirizador se torna o contrabate do quarterizador?

Por que, com tanta verba revertida aos contratados, existe essa forma vil de massacrar o trabalhador?

Se o contratado inicial de fato contratasse os trabalhadores, o valor inicial pela mão de obra fosse direto para os trabalhadores?

Você deve estar se perguntando: Por que tantos por quês?

Essa é a mesma pergunta que sindicatos laborais tem se debruçado até o momento, e desde o momento em que se passou a ser questionado o porque da existência dos sindicatos nesses espaços.

Olhar as condições indignas dos trabalhadores, em ditos espaços luxuosos, cuja entrada vale muitas vezes um bom celular, onde pobres parcelam várias vezes para poder ver seu ídolo tocar, nos faz pensar: Por que não pagar de forma dignar e dar condições dignas aos trabalhadores?

Jovens, muitas vezes em situação de vulnerabilidade, com filhos, chefes de família, se sujeitam por que querem? Assim como disse um empregador? Que a culpa é deles de aceitarem?

Há uma meia verdade. Podemos dizer que sim, eles acabam aceitando e se sujeito, e muitas vezes se negando a denunciar tais vícios praticados pelo mercado, a ponto de se tornar comum, chegar a um evento desse as 13H e se deparar com jovens debaixo de sol ou chuva, obrigados a sorrir até mesmo para quem os maltrata, e só saírem de tais eventos depois de horas exaustivas em pé, por volta das 23H ou mais… sem rodízio para banheiro e sabe-se lá de que se alimentam…

O que dizer das situações que vemos pessoas carregando mochilas pesadas em suas costas com bebidas e precisam bater a meta…

E o que dizer do assédio de mentirem dizendo trabalhar menas horas do que trabalham a fim de que não percam “a oportunidade” de estar no “Rock in Rio”?

O medo de perder o pouco, o assédio, o convencimento de que estão recebendo um dádiva… essa não de obra desvalorizadas e sucateada.

Mas se a meta do evento é trazer alegria, a que custo tem sido essa festa de alegria?

Precisamos pensar, decidir e deixar de cruzar os braços e amparar de fato aqueles que sim, se sujeitam a tais condições indignas de trabalho, de cachês, por necessidade, mas não podemos prosseguir assistindo esse show, de páginas de constituição rasgadas, que chegam a ecoar… um soluçar de dor num canto do Brasil… um lamento triste…

É triste o país do bom chibombom… onde o de cima sobe e o de baixo desce…

E o que faz um evento privado conseguir um mandato de segurança impedindo o MTE de cobrar o Registro Profissional, Requisito exigido por lei para os artistas?

E se o MTE, em particular os fiscais, tivessem ouvidos abertos aos sindicatos laborais, para que apresentassem suas demandas e profissões, e pudessem assim elucidar quais as funções de suas categorias, que são escondidas de má fé, por contratantes, através de contratações irregulares que lesam os trabalhadores. E podemos descrever como são: eu contrato alguém para dançar, mas pago como promotor, eu contrato um modelo mas pago como promotor…

Eu coloco pessoas com mochilas pedras nas costas, mulheres, mães, jovens, e pago que venderem… São empreendedores…

Parabéns aos Sindicatos Laborais, que tem entrado neste evento como quem desce pela garganta e desce ao intestino, buscando limpar todos esses vícios e práticas, cujos grandes eventos os recebem como quem toma porções de sal amargo…. Através de lutas árduas para se valer os direitos dos trabalhadores, mesmo que sejam hostilizados em exercício de suas funções por tais contratantes.

Parabéns ao Ministério Público fo Trabalho Que Tem Cumprido seu papel dando ouvido a voz do Trabahador através de seus representantes.

Uououo Rock in Rio…

Se a vida começasse agora?

E se você parasse mais pra pensar

E entender

E cobrar

Dignidade

Do Rock in Rio?

ROGÉRIA CARDEAL HTA é presidente do Sindicato dos Modelos Profissionais do Estado do Rio de Janeiro (SindModel-RJ), Modelo (DRT 0049400/RJ), Jornalista (DRT 0038192/RJ), Membro da OAB Mulher, OAB Cultura e Defensora dos Direitos Humanos!

Envie seu texto para mazola@tribunadaimprensalivre.com ou siro.darlan@tribunadaimprensalivre.com


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