Por Miranda Sá –
Substituindo um colega que viajou para atender interesses familiares, ministrei aulas de Jornalismo Escrito numa Faculdade do Rio. Naquela ocasião, aguardando o meu horário, assisti uma aula de Publicidade e Marketing.
Peguei um trecho da exposição do professor ouvindo-o afirmar que a Propaganda é uma Ciência…. Não me convenceu, porque aprendi teórica e praticamente a técnica da Publicidade e da Propaganda e considero-as uma aplicação técnica e instintiva nascida do conhecimento da opinião pública e/ou de determinado estamento social.
Do publicitário profissional exige-se a sensibilidade criadora, capaz de improvisos em conformidade com o órgão transmissor, como também o coeficiente de comparações visando comover a audiência auditiva ou visual.
O fundamental e intransferível é visualizar o alvo desejado. Na Publicidade atende-se a um produto ou serviço, na intenção de fazê-lo conhecido e imprimir a sua demanda no mercado; enquanto na Propaganda sempre a serviço do poder, inculcar ideias fantasiosas e diversionistas para a massa popular.
É esta a diferença que encontramos e com a qual nos defrontamos. Envolve-nos de várias maneiras; no setor publicitário das emissoras de televisão, por exemplo, provoca estupefação o movimento e as cores magnetizantes; pelo rádio, a voz modulada quase hipnotizante; e nas chamadas telefônicas a insuportável repetição de convites suspeitos.
A repetição nos leva à memória do século passado lembrando-nos do uso nefasto da propaganda pelos regimes totalitários. Sempre lembrado, quando se fala de propaganda, chega-nos herr Goebbels, propagandista de Hitler que criou o famigerado princípio de que “a mentira quanto mais repetida mais se aproxima da verdade”.
Goebbels deixou a maldita herança de pensar que os fins justificam os meios. Isto chegou à realidade tecnológica que levou a velha propaganda à aposentadoria, mas manteve o que havia de ruim. Foram-se as frases magnéticas, os desenhos harmoniosos, os jingles atraentes e os slogans persuasivos. Cederam lugar à desinformação, batizada no idioma inglês de “fake News”.
De acordo com o dicionário “Oxford”, “fake News” se define como “informação falsa, dada no propósito de confundir ou induzir a erro”. E esta prática fraudulenta chegou às praias da política como um tsunami. Entre nós é uma epidemia virulenta e letal para a Democracia.
A única vantagem que as “fake news” trazem é separar o joio do trigo personalizando os agentes da mentira, mostrando-os como extremistas de direita e de esquerda. Estão perto de nós e a sua presença os condena. No último fim de semana tivemos uma carga pesada de androides bolsonaristas defendendo a corrupção reinante no governo anterior.
… E, como não poderia deixar de ser, os esquerdoides lulopetistas chorando a morte de traficantes em confronto com a polícia paulista. Se assumem como “defensores dos Direitos Humanos”, mas defendem realmente os “Direitos Humanos dos bandidos” ….
MIRANDA SÁ – Jornalista profissional, blogueiro, colunista e diretor executivo do jornal Tribuna da Imprensa Livre; Trabalhou em alguns dos principais veículos de comunicação do país como a Editora Abril, as Organizações Globo e o Jornal Correio da Manhã; Recebeu dezenas de prêmios em função da sua atividade na imprensa, como o Esso e o Profissionais do Ano, da Rede Globo. mirandasa@uol.com.br
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