Por Gabriel Castro –

A bola é redonda, o jogo dura noventa minutos e todo o resto é teoria. (Sepp Herberger, técnico da Seleção Alemã)

O futebol é um esporte, um trabalho, uma paixão, um negócio, um fator político, uma diversão, um jogo de azar. O futebol é tudo isso e muito mais. O futebol originário da Inglaterra considerado uma “paixão nacional” no Brasil é hoje um fenômeno planetário, controlado pela FIFA que tem mais associados do que a ONU. Estamos em mais uma Copa do Mundo e o Brasil é o único país cinco vezes campeão e que participou de todas as Copas. O futebol, até por ser também um jogo tem fatores imprevisíveis, onde nem sempre o favorito ergue a tão cobiçada taça.

Dentro das quatro linhas, os jogadores se posicionam de maneira diversa conforme a orientação de seu técnico, formando uma verdadeira estratégia. Os “estrategistas” posicionam suas equipes de várias maneiras, WM, 4-4-2, 4-2-4, 4-3-3, 4-5-1, diagonal pela esquerda, diagonal pela direita, ferrolho, laranja mecânica e muitas outras fórmulas infalíveis para conseguir a vitória. Essas diferentes fórmulas podem ser reunidas na famosa frase do “filósofo do futebol” Neném Prancha imortalizada por João Saldanha técnico da seleção em 1958, “Arrecua os arrfe pra evita a catasfre”, ou seja conforme o andamento da partida ou vão todos pro ataque, ou vão todos pra defesa.

Os 100 anos de Saldanha: o João Sem Medo, o técnico e o jornalista de várias faces
João Saldanha ao lado de Nelson Rodrigues durante uma resenha. (Reprodução/Fácit)

Nossa “paixão nacional” está a ser mostrada em um debate com o sociólogo Maurício Murad com vários livros publicados sobre Sociologia do Futebol e através de imagens definitivas que vão ser comentadas pelo fotojornalista e antropólogo Alcyr Cavalcanti. Parafraseando Clifford Geertz o futebol não é a única chave para compreensão do dia a dia de nossos 210 milhões de torcedores, da mesma forma que a tourada não é para os espanhóis nem o tango para os argentinos.

Esse esporte maravilhoso vai nos ajudar a entender melhor um pouco da alma do povo brasileiro, de nossas decepções e principalmente de nossas alegrias.

AGENDA

GABRIEL FRÓES – Graduando em História da Arte pela UERJ, subeditor, tradutor, membro do conselho editorial do jornal Tribuna da Imprensa Livre e do grupo político Movimento Tradição e Juventude do Flamengo (Fla-Tradição). 

ALCYR CAVALCANTI – Jornalista profissional e repórter fotográfico, presidente da ARFOC-Brasil. Trabalhou nos principais jornais do Rio de Janeiro e de São Paulo e em agências de notícias internacionais. Bacharel em Filosofia pela Universidade do Estado da Guanabara (atual UERJ) e mestre em Antropologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Professor universitário, ex-secretário da Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre.

Envie seu texto para mazola@tribunadaimprensalivre.com ou siro.darlan@tribunadaimprensalivre.com


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