Por Francisco Anéas –
Os Juros são uma ideia falsa, uma mentira, usada pela ideologia neoliberal para roubar os trabalhadores. Juros favorecem os rentistas que vivem do trabalho dos outros. Os Juros são os frutos do capital improdutivo que é nocivo a sociedade.
O trabalhador paga juros quando compra um bem financiado. Mas também paga juros e sem perceber quando paga os impostos. Metade do dinheiro arrecadado através dos impostos, em vez de ser utilizado em políticas públicas é utilizado para o pagamento da dívida pública aos bancos privados.
O ideal seria a ruptura com os bancos privados. O que obrigaria os bancos privados a emprestarem mais dinheiro a juros baixos aos trabalhadores e empresas. Deveria ser proibido o Estado pegar dinheiro emprestado dos bancos privados. O Estado concorre com o cidadão no mercado financeiro que prefere emprestar dinheiro ao Estado com garantia de retorno em vez de emprestar para a economia produtiva.
Se não podemos acabar com os juros podemos pelo menos controlar as taxas de juros. Colocando o Banco Central que controla a taxa básica de juros a serviço do Estado e da sociedade brasileira, e não a serviço dos bancos privados como acontece atualmente.
Colocando a taxa de juros baixa diminuimos a despesa com o pagamento da dívida pública, sobrando mais dinheiro público para políticas públicas e investimentos. Incentivamos o crescimento da economia e de novos empregos, e desestimulamos o rentismo improdutivo.
O Banco Central a serviço dos rentistas, colocando a taxa de juros alta, bem acima da inflação, favorece somente as muito poucas pessoas ricas. Que no decorrer do tempo, com juros sobre juros, ficarão proprietárias de tudo, e o trabalhador ficará sem propriedade e sem emprego.
O Estado deve estar a serviço da sociedade, e não a serviço dos ricos que usam as mentiras da ideologia neoliberal para roubar os pobres. A riqueza deve provir do trabalho e não dos juros, incentivando as pessoas a trabalharem e não a viverem do trabalho dos outros através dos juros.
Na ideologia neoliberal a economia fictícia e contábil cresce mais rápido do que a economia real, isso se deve a prática do juros sobre juros, que leva a concentração da riqueza nas mãos de quem tem mais capital. Para corrigir a diferença entre a riqueza contábil e a riqueza real, os neoliberais executam as privatizações, que são as transferências das riquezas reais públicas para os donos do grande capital. Transformando a riqueza fictícia conseguida com a cobrança de juros em riqueza real.
A economia é política. O bolo da economia real crescer através da troca de mercadorias e serviços e não pelos juros. O dinheiro não deve criar dinheiro, ele deve ser usado para facilitar a troca de mercadorias e serviços. A economia é como um organismo vivo que cresce em virtude da sinergia entre as partes e não pela cobrança de juros. A divisão da riqueza proveniente do crescimento do bolo da economia deve ser feita de modo político entre todos os cidadãos e não proporcional a quem tem mais capital.
Devemos fazer uma auditoria da dívida pública. Criar mais bancos estatais e denunciar as mentiras neoliberais para o povo brasileiro. Os ricos não podem usar o Estado para roubar o trabalho dos pobres aplicando a ideologia neoliberal.
Juro é roubo.
FRANCISCO ANÉAS – Administrador, Professor e Engenheiro. Pós-graduado em administração de empresas para engenheiros, ESAN – Jesuítas, 1999.
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