Kleber Leite

Quando a confusão era geral em lance na pequena área, o genial Waldir Amaral definia a situação da forma mais direta e popular, com o seu famoso chavão “tem bololô na área”… Quando o torcedor, do outro lado do rádio, ouvia, de certa forma já se preparava, pois ante esta confusão anunciada, tudo poderia acontecer, inclusive o gol.

Começo o nosso papo desta forma para dividir minha preocupação, não com o nosso time, e sim, como sair deste confuso e desumano calendário sem tropeçar. Fico imaginando o que deve estar passando na cabeça do Dorival Júnior que, neste domingo, tem a obrigação, contra o Atlhetico Paranaense, de manter o Flamengo vivo no Campeonato Brasileiro e, três dias depois, contra o mesmo adversário, fora de casa, decidir a vida na Copa do Brasil.

Ninguém tem a menor dúvida de que os dois times serão alternativos no Maracanã. Ponto para o Flamengo que, por ter um elenco parrudo, muito mais qualificado, entra em campo como grande favorito. Ousaria dizer que, se bobear, pela importância do jogo do meio de semana, quando irá decidir em casa, tendo que vencer pelo placar mínimo, que o time de Felipão entre em campo, neste primeiro jogo contra o Flamengo, sem um único titular.

Por isso, como temos que continuar vivos no Brasileiro e passar de fase na Copa do Brasil, que os nossos garçons, Arrascaeta e Éverton Ribeiro, sejam substituídos por “jovens aprendizes”, e que curtam o domingo dos pais em família, bem longe do Maracanã. E, como gato escaldado, escolheria entre Gabigol e Pedro. O mais desgastado voltaria na quarta-feira.

Os jogos deste meio de semana, pela Libertadores, deixaram claro que inteligência e sorte fazem a diferença em partidas decisivas. Inteligência que faltou ao jovem palmeirense Danilo que, pela grosseira expulsão, quase compromete a classificação do seu time. A loteria dos pênaltis salvou.

A sorte caminhou com o Atlhetico Paranaense. O gol anulado do time argentino, em lance meramente interpretativo, poderia ter sido validado. Sorte do Furacão que o árbitro entendeu que o atacante adiantado atrapalhou o goleiro.

Destes dois fatores – inteligência e sorte – temos como resolver o primeiro, fazendo com que os jogadores entendam que todo favoritismo cai por terra por um ato impensado, pouco inteligente, que pode representar uma expulsão. Solução: muito papo e “maracujina”, principalmente para Gabigol.

Quanto ao fator sorte, não há outra alternativa senão entregar esta missão para São Judas Tadeu…

KLEBER LEITE é jornalista, radialista, empresário, dirigente esportivo, blogueiro e colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre. Fundador da Klefer Marketing Esportivo em 1983.

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