Redação

O Movimento Baía Viva recebeu vídeo e fotos de moradores e pescadores artesanais de Maricá reclamando dos impactos de dragagem realizada cerca de há 1 anos atrás na Lagoa da Barra de Maricá que, segundo eles, teria sido realizada pela Prefeitura local com cerca de 15 dragas sem dispor de prévio estudo de impacto ambiental e nem dispor de prévia avaliação do impacto desta obra na atividade da pesca artesanal e no turismo.

O resultado, segundo a população local, é que a boca da barra onde existia um canal de acesso que ligava a água do mar com a lagoa encontra-se obstruída pela formação de grandes dunas de areia, o que estaria impactando o lazer da comunidade e a pesca artesanal devido à falta de renovação das águas.

O Baía Viva solicitará informações ao órgão ambiental estadual (Instituto Estadual do Ambiente – INEA) e à prefeitura de Maricá para entender e analisar do ponto de vista técnico esta situação e propor soluções sustentáveis para reverter este quadro.

O Baía Viva defende que sejam ouvidas as universidades públicas que compõem a Universidade do Mar (UniMar) que nos últimos dias teve o anúncio da implantação de um campus avançado no município de Maricá, a partir de carta de intenções assinada pelo prefeito da cidade e o Reitor da UERJ.

O ecologista Sérgio Ricardo, cofundador do Baía Viva e um dos idealizadores da Universidade do Mar, considera que: “A partir da comprovada experiência técnico-científica das universidades públicas federais e estaduais que compõem a UniMar, creio que será possível contribuir com estudos e recomendações e com ações de monitoramento ambiental para avançarmos na recuperação ambiental integrada do sistema lagunar de Maricá-Guarapina que é formado por quatro lagunas (Maricá, Barra, Guarapina e do Padre) com extensão de aproximadamente 35 km2 e cuja bacia hidrográfica abrange três sub-bacias principais: a do Rio Vigário, a do Rio Ubatiba e a do Rio Caranguejo. Outra prioridade no município de Maricá é o urgente investimento público no saneamento básico já que a cidade tem tido um significativo crescimento imobiliário e aumento populacional que precisa ser acompanhado por uma infraestrutura adequada de Saneamento Ambiental. O belo litoral maricaense, com suas lagoas que apresentam importante produtividade pesqueira, são os grandes ativos socioambientais e socioeconômicos da cidade. Investir no saneamento básico agora é o equivalente ao município de Maricá comprar um passaporte para um futuro com efetiva garantia de qualidade de vida e saúde ambiental para sua população, visitantes e turistas.

Afirmou o ecologista e colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre que já foi membro do Conselho Estadual de Meio Ambiente (CONEMA-RJ), do Conselho Estadual dos Recursos Hídricos (CERHI-RJ) e dos Comitês de Bacias Hidrográficas do Rio Guandu e da Baía de Guanabara.

Fonte: www.baiaviva.org.br


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