Redação –
O deputado Daniel Silveira acredita que, se for condenado e tornado inelegível pelo STF, elegerá “pelo menos uns 15” em seu lugar. O parlamentar, que será julgado pelo Supremo no dia 20 de abril, não explica como fez a conta. O bolsonarista, que se filiou nesta quinta-feira ao PTB de Roberto Jefferson, se considera um mártir político no Brasil e afirma a aliados que não perderá sua voz política se for condenado.
Os ministros do Supremo vêm conversando, desde o início de março, para julgar e condenar Silveira pelos crimes de coação, ameaça contra os ministros e incitação de animosidade entre as Forças Armadas e o STF. A pena também incluiria a cassação de seu mandato.
REUNIÃO DE LÍDERES – O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), avisou a deputados que não tratará do caso de Daniel Silveira (União-RJ) até a próxima reunião do colégio de líderes, que deve acontecer nesta terça-feira (dia 5).
Até o momento, a única manifestação de Lira sobre o assunto foi uma nota emitida na quarta-feira (30/3), na qual deu a entender que não compraria briga, ao dizer que o caso caberia ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Hoje, há ao menos dois requerimentos protocolados na Câmara por parlamentares pedindo para sustar a ação penal contra Silveira que tramita no STF. Além disso, o presidente da Frente Parlamentar Evangélica, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), também estuda protocolar um novo pedido nesse sentido.
SUSTAR A AÇÃO – A Câmara, por ampla maioria, autorizou o Supremo a processar o deputado. Apesar de Silveira ter aceitado colocar a tornozeleira eletrônica, como ordenado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, aliados do deputado ainda querem sustar a ação penal contra o deputado que corre no STF. Especialmente, porque a maioria do Supremo parece desfavorável a Silveira.
Nesta sexta-feira (dia 1º), o plenário virtual da Corte formou maioria a favor das medidas impostas por Moraes ao parlamentar – usar tornozeleira e pagar multa diárias de R$ 15 mil em caso de descumprimento. Assim, tudo indica que ele seja condenado no dia 20. E a prisão e a perda de mandato então teriam de ser submetidas ao plenário.
Fonte: Metrópoles
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