Redação –
ANP aprova novos blocos do pré-sal para leilão.
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), aprovou na semana passada o pré-edital e as minutas de contratos para leilão de 11 blocos do pré-sal, dentro da “Oferta Permanente de Partilha de Produção (OPP)”.
Como explica a ANP, a OPP objetiva colocar para produção áreas terrestres e marítimas contínuas, inclusive com acumulações marginais. Em outras palavras, reduzir os volumes de petróleo que venham a beneficiar o povo brasileiro.
O mais incrível é que todo este entreguismo dos responsáveis pela energia no Brasil esteja sendo amparado por dispositivos legais. Ou seja, têm a conivência dos poderes judiciário e legislativo.
E o brasileiro, sem informações ou tendo-as incompletas e até para induzir a erro, se deixa roubar o futuro do povo, do País.
Quando nos anos 1930, o Brasil despertava para economia industrial, criava o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, nacionalizava as riquezas que não podem se repor nem substituir no processo de desenvolvimento, como a energia e, em especial o petróleo – quando acaba e não tem mais – não supunha que, um dia, os dirigentes tendo-as encontrado pelo afinco, denodo, patriotismo de brasileiros que passaram suas vidas estudando e trabalhando para dar petróleo ao Brasil, fosse ver escoar pelos dedos, sem qualquer benefício para a geração atual e futuras, esta riqueza.
Qualquer ato de corrupção se apequena diante dos leilões do pré-sal. Não há risco. É ganho assegurado.
Vejam os leitores desta coluna o que está nas manchetes internacionais: uma guerra pelo petróleo – Estados Unidos da América (EUA) e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) contra a Federação Russa. O que significa que de um lado estão, no máximo, 82,4 bilhões de barris de petróleo e, apenas na Rússia, 107,8 bilhões. Por que a constante campanha contra a Venezuela, chamando seu presidente eleito e reeleito de ditador?
Porque este vizinho sul-americano tem reservas de 303,8 bilhões de barris de petróleo.
O preço do barril está em alta, há quem o coloque em US$ 100, proximamente. Há a expectativa de guerra, mas há muito mais especulação e interesse dos capitais financeiros apátridas.
E qual o custo de produção de um barril do pré-sal? Claro que a Direção da Petrobrás oculta esta informação, mas podemos estimar, no máximo, com os custos financeiros incluídos, inferior a US$ 20. É desta ordem de valor o que está sendo proposto pela ANP e a Direção da Petrobrás retirar do futuro do Brasil: 80 dólares vezes a reserva de cerca de 50 bilhões de barris.
Precisamos reagir. Colocar esta discussão na pauta dos candidatos a Presidente do Brasil, a senadores e a deputados federais.
ENERGIZANDO
* Conselho de Administração da Petrobrás aprova negociação do Polo Norte Capixaba, com voto contrário da representante dos trabalhadores
** Salários na Petrobrás são uma questão de gênero
https://fup.org.br/salarios-na-petrobras-sao-uma-questao-de-genero/
***Acionistas aprovam venda da Eletrobras
Fonte: AEPET
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MAZOLA
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