Por José Macedo

Ser um um juiz condenado por parcialidade é o pior dos pecados ou irregularidades para um magistrado. O pior: foram várias irregularidades, que se repetiram, ao longo do exercício de seus mais de 20 anos de magistratura.

As últimas entrevistas do ex-juiz da Lava-Jato suscitaram até de seus apoiadores sérias preocupações. O ex-juiz deu entrevista à revista Veja e à emissora bolsonarista, Jovem Pan (JP). Nas entrevistas ele tentou falar de economia. De modo desajeitado em sua fala, disse que a solução para colocar a economia brasileira nos trilhos era acabar com a inflação, era controlá-la, quando resolveria o problema dos juros, que estão altos, a consequência era a realização de investimentos, emprego e renda. Sua fala simplória arranha qualquer compreensão, podendo ser criticada por qualquer estudante de economia, desconexa e rasteira.

A ele foi perguntado sobre a obrigatoriedade da aplicação das vacinas, por duas vezes, não quis responder. Em uma dessas entrevistas disse ser ele o melhor pra governar o pais. Criticou os advogados do grupo prerrogativas, demonstrando autoritarismo e má vontade com a advocacia e ressentimentos com os advogados.

O Presidente Jair Bolsonaro e o ex-juiz Sergio Moro durante a Solenidade de Lançamento do Projeto em Frente Brasil, em agosto de 2019. (Reprodução)

Questionado sobre a anulação das sentenças por ele prolatadas fez críticas ao STF, mais uma vez demonstrou seu viés e índole autoritária, rebeldia ao Sistema de Justiça, à democracia e ao estado democrático de direito, uma péssima atitude de um ex-magistrado. Até seus apoiadores estão preocupados pelas respostas simplórias do ex-juiz da Lava-Jato e ex-ministro do Bolsonaro, também responsável pela eleição do ex-chefe.

Perguntado: havendo segundo turno entre Lula e Bolsonaro, em quem votaria, fugiu da resposta, afirmando ser “suicídio”. A cada dia, o ex-juiz da Lava-Jato revela-se ser ignorante e superficial, possuidor de pouca formação cultural e desconhecimento de história, da realidade brasileira, cometendo seguidos erros, despossuído de capacidade lógica e de raciocínio. Nesse tempo, tenho ouvido e lido de especialistas, com cuidado de não cometer injustiças.

O ex-juiz possui transtornos em sua fala, o que produz efeitos em seu raciocínio, construção de frases, certamente, função de graves disfunções cognitivas, cuja origem pode ser genética ou eventuais traumas.

JOSÉ MACEDO – Advogado, economista, jornalista e colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre.


EVENTO

Tribuna recomenda!