Redação –
Tenista sérvio continua rotina de treinos para o Aberto da Austrália.
O tenista Novak Djokovic começou a se preparar nesta terça-feira (11) para sua campanha pelo possível 21º título de Grand Slam no Aberto da Austrália, que começa na semana que vem, treinando em Melbourne Park, mas o atleta ainda enfrenta a ameaça de deportação do país.
Uma semana após sua chegada à Austrália, Djokovic finalmente chegou à quadra de tênis, após um juiz, na segunda-feira (10), frustrar a decisão do governo federal de cancelar seu visto.
Porém, o número um do mundo ainda pode ser novamente detido pelo governo federal e deportado. O gabinete do ministro da Imigração, Alex Hawke, afirmou que ele ainda avalia utilizar seu poder discricionário para cancelar o visto de Djokovic.
“Alinhado com o devido processo legal, o ministro Hawke irá considerar cuidadosamente o assunto”, disse um porta-voz, que se recusou a comentar o assunto de forma mais abrangente por conta de motivos legais.
A Austrália tem uma política de barrar a entrada de não cidadãos ou não residentes no país a não ser que eles estejam completamente vacinados contra o novo coronavírus (covid-19). O país permite dispensas médicas, mas o governo argumenta que Djokovic, que não foi vacinado, não ofereceu justificativas adequadas para conseguir a dispensa da vacinação.
O tribunal decidiu que Djokovic foi tratado de maneira injusta pelas autoridades alfandegárias em sua chegada e ordenou que o cancelamento de seu visto fosse revertido. A decisão, no entanto, não abordou se a dispensa (fundamentada no fato de que Djokovic contraiu covid-19 no mês passado) é válida ou não.
A disputa de Djokovic atraiu os holofotes internacionais, criando um atrito entre os governos de Canberra e Belgrado e abastecendo um acalorado debate sobre as políticas de obrigatoriedade da vacinação contra covid-19.
A opinião pública na Austrália, que enfrenta uma onda de infecções pela variante Ômicron do coronavírus e onde mais de 90% da população adulta já recebeu as duas doses do imunizante, têm sido amplamente contra o jogador. A cidade de Melbourne passou pelo período acumulado mais longo de lockdown no mundo, e o estado de Victoria tem o maior número de mortes pela covid-19 no país.
O gabinete do primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, afirmou que ele conversou com a primeira-ministra sérvia Ana Brnabic na segunda-feira e explicou a política de fronteira não-discriminatória da Austrália. Reportagens veiculadas na imprensa sérvia disseram que Brnabic enfatizou a importância de Djokovic conseguir se preparar para o torneio.
Djokovic, que expressou sua gratidão ao juiz e sua determinação em competir no primeiro Grand Slam do ano em uma publicação no Twitter na segunda-feira, não abordou a situação publicamente nesta terça-feira.
Fonte: Agência Brasil
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NOTA DO EDITOR: Quem conhece o professor Ricardo Cravo Albin, autor do recém lançado “Pandemia e Pandemônio” sabe bem que desde o ano passado ele vêm escrevendo dezenas de textos, todos publicados aqui na coluna, alertando para os riscos da desobediência civil e do insultuoso desprezo de multidões de pessoas a contrariar normas de higiene sanitária apregoadas com veemência por tantas autoridades responsáveis. Sabe também da máxima que apregoa: “entre a economia e uma vida, jamais deveria haver dúvida: a vida, sempre e sempre o ser humano, feito à imagem de Deus” (Daniel Mazola). Crédito: Iluska Lopes/Tribuna da Imprensa Livre.
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