Por Kleber Leite –
Palavra que estou com dor de cabeça.
Não é o caso daquilo que os antigos chamavam de “cabeça inchada”. A adrenalina é a responsável por isso, em um jogo tenso, emocionante, cheio de alternativas, transformando herói em vilão e com arbitragem, simplesmente, ridícula.
Renato escalou com correção. O time que entrou em campo era o melhor ante as circunstâncias. No primeiro tempo conseguimos superar a “pilha” do time da casa. Michael muito bem, participando dos dois gols e Gabigol metendo ambos, sendo o segundo, espetacular.
O árbitro foi decisivo. O lance da expulsão óbvia do atacante Kayzer – e a mudança de decisão do juiz baiano após consultar o VAR – foi um dos momentos mais absurdos deste Campeonato Brasileiro.
O Atlhetico, que deveria ter seguido o jogo com dez jogadores, recebeu um presente do soprador de apito.
Este argumento é ainda mais forte quando sabemos que nesta maratona alucinante nossa parte física é sempre problema. O segundo tempo de 11 contra 10 seria outra história.
Etapa complementar alucinante, em que não tivemos pernas para conter o espírito incendiário do rubro-negro do Paraná.
Diego Alves, de herói a vilão. Após duas defesas incríveis, saiu caçando borboleta e a vaca foi para o brejo…
O jogo foi tão louco que no último lance Gustavo Henrique cabeceou no travessão. Só coração forte para resistir…
Não é mole jogar dia sim, outro dia também. Sexta já tem jogo, e na segunda segue a maratona…
Sugiro que com este resultado, a nossa filosofia, daqui para frente, seja a seguinte: foco total, estratégia definida para o jogo do dia 27, pela Libertadores. E, fazer o que for possível no Campeonato Brasileiro, sem comprometer em nada o objetivo super prioritário.
Em síntese: que o restante do Brasileiro seja uma “Intertemporada” preparatória para o jogo do ano.
Sei que o tema é polêmico – e que alguém pode argumentar que se o Grêmio vencer o Galo estaríamos no páreo. O argumento pode ser respeitável, mas se dependesse de mim, começaria a arrumar a casa para o baile mais importante do continente.
***
Dúvidas e certezas na corrida pelo caneco
O jogo é dia 27. Portanto, arredondando, três semanas para que seja colocado em campo o nosso time ideal. Quando falo em time ideal, não quero dizer que quando imaginamos um jogador escalado, que seja ele o que se possa sonhar como o ideal para atuar no Flamengo. O exercício é escalar em boas condições físicas, o que temos de melhor.
Vamos lá:
No gol, apesar de não ser unanimidade, pergunto: há como não se escalar Diego Alves?
Na lateral direita, Isla.
Na zaga: Rodrigo Caio e David Luiz.
Lateral esquerda: Filipe Luis.
Meio: Arão, Andreas, Arrascaeta e Éverton Ribeiro.
Ataque: Gabigol e Bruno Henrique.
Até aí, tudo bem?
Agora, as dúvidas.
A primeira é na zaga. A segunda, também.
Rodrigo Caio, nesta roleta russa, joga/não joga, estará em condições nesta data?
O seu companheiro, David Luiz, por mais qualidade que tenha, se não voltar logo no Campeonato Brasileiro, terá ritmo de jogo para encarar partida tão pegada?
A terceira dúvida é Andreas. Como ponta de lança não gosta de jogar. Como segundo homem, pelo que vi até aqui, falta a ele pegada e um certo dom característico dos armadores, qual seja, ditar o ritmo do jogo.
As minhas dúvidas param aqui. Não são tantas e, com sorte, podem ser superadas.
Quando olhamos para o banco deste time, infelizmente, só vemos um jogador que possa entrar e mudar uma partida. Claro que me refiro a Michael, muito embora reconheça que, ligado na tomada do jogo, Vitinho possa ajudar.
Pedro também seria o caso, mas a operação no joelho, consequentemente, o retira da relação.
Tudo isto no papel passa pela competência em que seja montada estratégia inteligente para se atingir nosso objetivo.
Ainda não li, nem ouvi, sobre o planejamento e filosofia, até o dia 27.
Aí, começaremos a levantar ou entregar o caneco…
KLEBER LEITE é jornalista, radialista, empresário e dirigente esportivo. Fundador da Klefer Marketing Esportivo em 1983.
Envie seu texto para mazola@tribunadaimprensalivre.com ou siro.darlan@tribunadaimprensalivre.com
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