Por Daniel Oliveira –
Essa semana uma decisão tomada no salão oval da Casa Branca, coração do poder americano, reverberou em cheio no centro de um país, o Afeganistão.
Não entrarei aqui nos meandros políticos. Meu foco é o impacto social, que uma decisão, muitas vezes tomada a milhares de km de um local, pode infligir a uma população inteira.
As cenas de um avião americano decolando de um aeroporto com dezenas de pessoas desesperadas em suas asas, é chocante e ao mesmo tempo estarrecedora.
Ao assisti-la, uma sensação de incredulidade me abateu.
Como é possível que um piloto de uma aeronave, tenha a coragem de decolar com pessoas agarradas as suas asas?
Talvez em razão do avião ser um equipamento militar, a resposta seja: “ele recebeu ordens superiores”. Sim é possível!
Outra justificativa plausível, é dizer que diante de situações críticas, muitas vezes decisões precisam ser tomadas e nem sempre são louváveis.
Porém uma frase atribuída a um dos maiores estrategistas de guerra que a humanidade conheceu, diz o seguinte:
“As verdadeiras conquistas, as únicas de que nunca nos arrependemos, são aquelas que fazemos contra a ignorância” Napoleão Bonaparte.
O que estamos fazendo, para não ignorar o que está ocorrendo nesse momento, em diversas partes do globo?
Em vários países populações inteiras clamam por ajuda humanitária e compaixão.
Homens, mulheres e crianças rogam por socorro.
Com fome, frio, medo e o pior dos sentimentos, que é para mim a desesperança, inocentes gritam por um mundo mais fraterno e amoroso.
A verdade, é que nunca vi de fato, um vencedor após o fim de uma guerra.
Todos nós…
de um jeito ou de outro…
saímos perdendo!
“O mais perfeito ato do homem é a paz. E por ser tão completo, tão pleno em si mesmo, é o mais difícil.” (Mahatma Gandhi)
DANIEL OLIVEIRA – Palestrante e escritor; Formado em Gestão Ambiental pela UNIGRANRIO; Pós Graduado em Engª de Segurança Contra Incêndio e Pânico pela Universidade Cândido Mendes-UCAM; Mestrando em Defesa e Segurança Civil, pela Universidade Federal Fluminense-UFF; Voluntário da Defesa Civil Municipal do Rio de Janeiro.
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