Redação –
Contra o golpismo e a política de genocídio!
A Frente Internacionalista dos Sem Teto e a Aldeia Maracanã vêm a público denunciar o massacre cometido contra a comunidade do Jacarezinho e a sociedade brasileira, que teve como resultado a morte de cerca de trinta pessoas numa chacina sem precedentes na nossa história. Esta ação de extermínio tem como objetivo a efetiva implementação da necropolítica do estado contra a população preta, pobre e periférica, atendendo a uma agenda genocida comprometida com as milícias e com a ocupação das favelas com o terror de estado, silenciando a voz do povo e amordaçando a sociedade com o medo.
A política genocida do governo federal em consonância com o governador do estado do Rio de Janeiro e com o prefeito da cidade que, omissos, permitem que o crime das milícias invada e domine já cerca de 70% dos territórios pobres da cidade. As milícias implantam um regime de terror que prepara terreno para um “golpe dentro do golpe”, ameaçando a realização das eleições de 2022 e apontando para um possível fechamento do regime.
Num momento em que o (des)governo Bolsonaro enfrenta gravíssimas acusações em uma CPI que pode expor seus crimes contra a população levando-o aos tribunais internacionais acusado de crimes contra a humanidade, ele lança mão da estratégia de “criar o caos para justificar um golpe”. Sua presença no Rio de Janeiro, por nós vaiada em ato de repúdio ao passar com sua comitiva em frente à sede da OAB, teve como objetivo, em encontro com seu assecla o governador Claudio Castro, o planejamento da implantação de sua necropolítica de caos no Rio.
Um governador que se arroga Católico, mas que, antes, deveria ser excomungado por perseguir de forma covarde os pobres, exortando o genocídio em ações assassinas como a da invasão na comunidade do Jacarezinho. Um governo que avança sobre um rastro de sangue de uma política de “segurança” pública que discrimina e ataca de forma seletiva e covarde as populações pobres, matando seus jovens e crianças, marginalizando uma população essencialmente preta e periférica, destituindo-a de sua cidadania.
Será que este governo vai agravar o risco de contaminação pela covid19, desalojando as famílias moradoras da Ocupação Antônio Louro, na Rua Visconde de Rio Branco ou da Ocupação Carlos Lamarca, na Rua Sete de Setembro colocando seus ocupantes na rua? Ou promoverá, este governo Claudio Castro, a expulsão da Aldeia Maracanã local da Universidade Indígena, repetindo com este ato o extermínio perpetrado contra os povos originários há mais de quinhentos anos?
Neste momento de pandemia e genocídio contra a população pobre, a FIST e a Aldeia Maracanã vêm a público conclamar a população para que se rebele contra este golpe anunciado pelas ações genocidas do estado, apoiando a manutenção das Ocupações populares, a permanência da Aldeia Maracanã e o cumprimento das decisões do STF de cessar as ações de reintegrações de posse e as invasões de comunidades.
Todo apoio às decisões do Supremo Tribunal Federal.
Não às invasões de comunidades.
#despejozero.
Fonte: FIST
MAZOLA
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