Por Iluska Lopes

Cada vez mais pessoas procuram alugueis de espaços onde seja possível passar momentos de lazer com a família e trabalhar ao mesmo tempo.

De tudo que foi afetado com a pandemia da covid-19, é possível dizer que a rotina de trabalho, que passou a ser em casa, foi uma das maiores mudanças. Não à toa, uma pesquisa feita pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) revelou que 80% dos brasileiros estão mais ansiosos e estressados.

Mas é possível aliar a rotina de trabalho – inclusive ganhando produtividade – com atividades domésticas, de lazer e de família. Basta estar num lugar adequado. E como cada vez mais pessoas têm procurado por isso, nasceu uma nova tendência para o setor do turismo.

O “workcation” – união de duas palavras em inglês: “work” (trabalho) e “vacation” (férias) – são destinos e locais que unem infraestrutura para o trabalho com opções de lazer.

Segundo Natasha de Caiado Castro, especialista em inteligência de mercado e marketing de experiências e CEO da Wish International, essa já era uma tendência antes mesmo das medidas para combater a pandemia, mas que se tornou ainda mais forte.

Do lado das empresas, permitir o trabalho remoto mostra confiança no empregado, o que eleva a autoestima e, consequentemente, a produtividade, segundo ela. “Vivemos em uma era de nômades digitais. Aquela lógica de ir para a empresa, todos os dias, entre 9h e 18h, tem ficado cada vez mais para trás”, explica.

Já para o turismo, uma nova tendência de mercado se apresenta. 

No último Web Summit, maior evento europeu que engloba tecnologia, inovação e atualidade, a CEO do Booking.com, Gillian Tans, revelou que apesar do setor de turismo estar enfrentando um período enfraquecido por conta da crise sanitária e econômica, há uma tendência de procura por destinos para se instalar e “tirar férias” ao mesmo tempo em que se trabalha.

A busca principal tem sido pelo aluguel de espaços inteiros que, além de internet rápida, tenham quintal e piscina, por exemplo. Desta forma, o isolamento é respeitado e ainda é possível sair um pouco da rotina.

Como escolher o melhor local para “workcation”? Veja as dicas dos especialistas.

1. Mantenha uma rotina

Não adianta estar em uma bela hospedagem se o trabalho não dá espaço para um mergulho na piscina ou deixar o churrasco te distrair o trabalho. Estabeleça horários para tudo.

2. Certifique-se sobre a qualidade do wi-fi

Tudo o que você precisa para fazer um bom trabalho remoto é a internet: logo, o sinal precisa funcionar muito bem. Vale ler as avaliações de outros usuários e fazer um teste: uma chamada de vídeo com quem está te apresentando a casa. Assim, você se certifica de que a internet não dará problemas.

3. Conforto é importante

Veja se o local possui mesa e cadeira confortáveis, iluminação suficiente e onde carregar celular e laptop. Se você vai com a família, ter um cômodo exclusivo para trabalhar, longo da bagunça das crianças, por exemplo, também é importante.

4. Escolha estar perto da natureza

Estar perto da natureza, ter uma vista para o verde ou para o mar, acalma a mente. Nada como um almoço do lado de fora, ouvindo os passarinhos, não? (Informações do site O Livre e assessoria de imprensa)

***

Fungetur alcança marca de R$ 1 bilhão já contratado em apoio ao turismo brasileiro

Ministério do Turismo atingiu a marca de R$ 1 bilhão já contratado em apoio ao setor do turismo brasileiro. O resultado é fruto de um esforço permanente da Pasta para garantir que o dinheiro chegue de forma ágil e facilitada a quem mais precisa. Os recursos permitiram desde a capitalização de empresas com suporte ao seu funcionamento até a realização de obras de infraestrutura turística. Dessa forma, o acesso ao crédito por meio do Fundo Geral do Turismo (Fungetur) por empreendedores do setor garantiu a preservação ou geração de pelo menos 51,3 mil empregos diretos.

Recursos do Fungetur permitiram a manutenção de mais de 51 mil empregos em todo o país (Crédito: Renato Soares/MTur)

O Fungetur é uma linha de financiamento com recursos do MTur destinada, preferencialmente, aos segmentos de micro, pequenas e médias empresas. Os valores contratados junto a instituições financeiras credenciadas a operar o fundo passou de R$ 68,6 milhões, em 2018, para R$ 769,3 milhões, em 2020 – um crescimento é de 1.021%. Já no primeiro trimestre deste ano, foram negociados quase R$ 50 milhões.

Ao todo, nos últimos três anos, foram realizadas 3.825 operações financeiras. Neste período, a maior parte dos recursos (70%) foi destinada a operações de capital de giro. Na sequência, aparecem as operações para realização de obras (14%), aquisição de bens (11%), obra com aquisição de bens associada (4,69%) e aquisição de bens com capital de giro associado (0,08%).

Para acessar os recursos do Fungetur é necessário estar no Cadastur, que é o cadastro de pessoas físicas e jurídicas que atuam no turismo. O cadastro é rápido, gratuito e pode ser feito online, clicando AQUI. Com a situação regular no Fungetur, basta procurar uma das 29 instituições financeiras credenciadas a operarem recursos do Fundo. A análise para concessão do crédito é realizada exclusivamente pelo agente financeiro credenciado.

Para saber mais sobre como acessar os recursos, veja o Guia Fungetur.

CRÉDITO EXTRAORDINÁRIO – Diante dos impactos causados pela pandemia de Covid-19, o governo federal autorizou um crédito histórico de R$ 5 bilhões no ano passado para auxiliar empreendimentos turísticos no cenário de crise, com taxas e prazos diferenciados (Lei 14.051/2020). Ainda em 2020, a totalidade desses recursos foi disponibilizada para instituições financeiras credenciadas e estão disponíveis para serem contratadas em qualquer unidade da federação.

Segundo o secretário nacional de Atração de Investimentos, Parcerias e Concessões do Ministério do Turismo, Lucas Fiuza, o objetivo é “minimizar os efeitos da pandemia e contribuir para a preparação do setor para a retomada das atividades turísticas no país”.

Os recursos podem ser usados tanto para capital de giro – dinheiro necessário para bancar o funcionamento de uma empresa – quanto para aquisição de bens, como máquinas e equipamentos. Podem ser usados, ainda, para a realização de obras de construção, modernização e ampliação para a retomada das atividades, além de reformas em geral em empreendimentos paralisados pela pandemia. (Informações da Secom do MTur)


ILUSKA LOPES – Jornalista, Especialista em Turismo, Professora, Locutora, Colunista e Diretora de Redação do jornal Tribuna da Imprensa Livre. iluska@tribunadaimprensalivre.com