Por Helio Fernandes –
Exatamente às 17 horas, enquanto algumas urnas estão sendo apuradas, outras ainda estão em votação. Primeira surpresa: o Ibope resolveu não fazer boca de urnas, uma exceção, a boca de urna é quase uma obrigação no Brasil.
Outra contradição: surgiram vários boatos (fakes), envolvendo principalmente a eleição do Rio de Janeiro. Espalharam com intensidade e acirramento que o candidato Crivella, que nas pesquisas não passava de 30% dos votos, “teria ultrapassado” Eduardo Paes, que liderava as pesquisas desde o início. Crivella era e é um candidato estranhíssimo. Foi considerado “INELEGÍVEL” pelo próprio Tribunal.
Além do mais, foi cassado pelo mesmo Tribunal até 2026. Só que esse mesmo Tribunal declarou publicamente “Estamos protegendo os direitos do candidato Crivella”. Por tudo isso, a disputa do Rio, embora tenha ficado sempre entre “70% para Eduardo Paes e 30% para Crivella”, qualquer que seja a interpretação, o que acontecer no Rio, fora da vitória de Paes, será um espantoso malabarismo eleitoral.
Antes das 11 horas, Jair Bolsonaro votou no Rio de Janeiro. Tentava acumular alguns votos já que, dos 78 que ele apoiou no primeiro turno só elegeu 1. Na seção que ele votou, não escapa do lugar comum que ele finge de democracia. Enquanto ele se encaminhava para votar, era seguido pelos grupos que o seguem para todos os lugares.
Dos lugares comuns, sempre repetidos, e que não tem nada a ver com democracia. Os “apoiadores” de sempre, cada vez diminuindo mais, e alguns dos seus oposicionistas que gritam, “Fora Bolsonaro”.
Resumindo, comentando, concluindo
Na verdade, das 57 eleições realizadas hoje, é fácil constatar, que gostando ou não gostando, os resultados principalmente das mais importantes cidades, deixaram claro, que existe no Brasil, nos grandes colégios eleitorais, nos médios e pequenos, é fácil constatar que o espaço democrático é altamente positivo.
Para confirmar, basta verificar que o presidente Bolsonaro não ganhou em lugar algum, foi derrotadíssimo do princípio ao fim.
Desesperado, revoltado, procura um partido que possa reforçá-lo ou até reabilitá-lo, já que sua derrota é contundente e irreparável.
A sorte dele, é que para a próxima eleição (2022), ainda faltam 2 anos.
São Paulo
Voltando a São Paulo, com dados oficiais, de cada 4 votos, Covas tinha 3 e Boulos apenas 1.
O que construiu o resultado de quase 62% para Covas e 26% para Boulos. Toda a boataria que se espalhou sobre essa eleição, transformadas em fake news estão desmoralizados.
No Rio de Janeiro
Sem boca de urna, e com muitos fakes espalhados, Eduardo Paes confirmou sua vantagem indiscutível, com 67% deixando Crivella com 33%, que foi a confirmação de toda a pesquisa desde o fim do primeiro turno.
Seria um absurdo total e antidemocrático, que a derrota de Crivella que se encaminhava desde o início, se transformasse numa vitória na qual nem o próprio Crivella acrediou.
Covas, Boulos e Maradona
Entre a reeleição do Covas e a primeira eleição do Boulos, inesperadamente surgiu ou ressurgiu a dúvida sobre a morte do Maradona. Já ficou provado que realmente ele teve um enfarte enquanto dormia, mas não foi o enfarte que o matou, e sim a imprevidência e a incompetência.
Ele podia ter sido salvo se o socorro pedido tivesse chegado em 5 ou 10 minutos, o que seria bastante normal. Mas segundo o advogado do ídolo argentino, a assistência levou quase meia hora, quando ele já estava morto.
Esse fato importantíssimo está sendo investigado pelo ministério público. O advogado não tinha e não tem o menor interesse em criar polêmica, já que o ídolo acabou sendo enterrado numa cerimônia simplesmente familiar. Mas a justiça e o ministério público concordam com a exumação do corpo, menos a família que dá ao episódio mortal que poderia ter sido evitado.
Em matéria de Maradona, enquanto o povo vota, começa uma batalha na justiça, protagonizada por dezenas de “supostos herdeiros”.
Quem se lembra de Martha Suplicy?
Valeram todos os recursos, mesmo os mais simples, para tentar acumular votos. Bruno Covas que disputa a reeleição, foi votar acompanhado de Martha Suplicy, quem se lembra dela? O que é que o prefeito, candidato à reeleição espera obter de votos, sendo acompanhado pela polêmica e ultrapassada ex-prefeita? Seu tempo já acabou há muito tempo.
Só o Bruno Covas se lembrou dela. A certeza de que ele está bastante na frente, mas recorreu a esse recurso de segunda categoria.
Seu adversário, Boulos, que vinha numa reação grande, foi surpreendido por uma “Covid 19”, com a complementação de febre alta, dores pelo corpo todo e nem sabia se iria votar.
Mas foi obrigado a cancelar o debate. De qualquer maneira, São Paulo eleitor ainda não sabe se haverá reeleição ou o prefeito que tem a preferência dos mais jovens.
Recife
No Recife, estava até hoje pela manhã, pesquisado 50% para cada lado. Mas na hora da verdade, Marilia Arraes foi derrotadíssima por 10 pontos de diferença. Modificação, surpresa, uma vantagem altamente conclusiva deixando a família Arraes e o PT num segundo lugar, inesperado, surpreendente, mas sem nenhuma dúvida ou qualquer contestação.
Porto Alegre
Em Porto Alegre, Manuela D’Avila que liderava desde o início acabou sendo derrotada no último lance, ou seja, a apuração.
Rio 40 graus
A PARTIR DAS 7 OU 8 da manhã, multidões movimentavam as orlas. As praias lotadas, não havia espaço, era o apogeu do verão.
Com uma hora de apuração, o próprio Ministro Barroso, Presidente do TSE, exaltou a vitória da democracia e garantiu que não houve nenhuma alteração, incidente, ou quebra da vontade popular.
Fonte: Blog oficial do Helio Fernandes – www.heliofernandesonline.blogspot.com
MAZOLA
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