Redação

A crise que se instalou no Amapá após o apagão é a prova de que a iniciativa privada não é a mais eficiente.

Por ironia do destino, quem está socorrendo a empresa privada espanhola Isolux, culpada pelo desabastecimento, é a estatal Eletrobras/Eletronorte, com seus técnicos competentes, que estão fazendo todos os esforços para que os serviços sejam restabelecidos o mais rápido possível.

Uma descarga atmosférica pode fazer tal estrago no sistema elétrico, por isso, nas instalações elétricas existem equipamentos que são projetados para esta situação – os famosos Para-Raios, que tem a função de drenar a descarga atmosférica, evitando que os equipamentos sejam comprometidos. Então as perguntas são: esses equipamentos foram bem dimensionados para esta função? A manutenção deles estava em dia?

Outra coisa que também ficou evidente é que a empresa não possuía um plano de contingência, nem equipe técnica e equipamentos para possibilitar o retorno do serviço a subestação.

Mesmo assim, diversos setores tentam blindar a irresponsabilidade da empresa privada. Lógico que isso tem explicação, já que o governo Bolsonaro de todas as formas tenta convencer a população brasileira de que o serviço essencial e estratégico de energia elétrica precisa passar para a iniciativa privada.

Além da Eletrobras, o governo Bolsonaro quer privatizar inúmeros ativos da Petrobrás, inclusive o maior campo terrestre de gás natural do País, colocando em risco nas mãos da iniciativa privada essa atividade tão complexa e perigosa que é a extração de petróleo e gás. O futuro do Brasil não pode ser um apagão sem ninguém para nos socorrer.


Fonte: FNP e Sindipetro-PA/AM/MA/APSindipetro-PA/AM/MA/AP