Redação

Em 16 de maio de 2019, quando visitava a cidade de Dallas, nos Estados Unidos, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, adaptou seu tradicional bordão para o seguinte: “Brasil e Estados Unidos acima de todos”, disse. Além disso, no mesmo evento comercial, o mandatário brasileiro bateu continência para a bandeira americana.

Meses depois, em setembro do mesmo ano, Bolsonaro demonstrou seu apreço por Donald Trump, em um evento em Nova York. “Eu te amo”, disse o brasileiro, em um momento registrado pelas câmeras. O presidente americano, no entanto, não foi tão carinhoso e respondeu apenas: “Bom te ver de novo”. Por outro lado, Trump já afirmou que Bolsonaro e ele são “grandes amigos”.

Bolsonaro e Trump, candidato à reeleição no pleito disputado nesta terça-feira (3/11), partilham o posicionamento ideológico de direita, o conservadorismo nos costumes e o estilo populista e online de fazer política.

Mas a gestão Bolsonaro defende que a aproximação de agendas dos países não é resultado apenas da simpatia mútua entre a dupla de políticos, mas o reconhecimento de que a relação até então morna com os americanos representava uma oportunidade desperdiçada de aumentar o fluxo de negócios bilaterais e a influência política brasileira na América Latina.