Por Pedro do Coutto –
A reportagem de Bernardo Caran, Tiago Resende, Fabio Pupo e Gustavo Uribe, Folha de São Paulo de quinta-feira, antecipou pontos importantes do projeto de emenda constitucional sobre a reforma administrativa. Um desses pontos refere-se ao programa de privatização de estatais. A venda poderia ser barrada se o governo de algum estado manifestar o interesse de preservar a empresa estatal. É exatamente o caso da Chesf, em relação a qual o governador da Bahia, Rui Costa, já se anunciou contrário. Logo surge um novo enfoque.
Na edição de hoje da Folhs, Bernardo Caran e Tiago Resende não focalizam este ponto. Ele também não é trstado pela reportagem de Marcelo Correia, Manoel Ventura e Geralda Doca, O Globo. Portanto, vamos aguardar a publicação do texto integral da PEC da reforma.
PARA O FUTURO – Ficou nítido, entretanto, que o presidente Bolsonaro não deseja problemas com o eleitorado, uma vez que fez questão de assinalar que a redução dos direitos do funcionalismo público só valerá para os que ingressarem após a promulgação da emenda. A emenda encaminhada abrange por igual o funcionalismo federal, estadual e municipal.
Francamente, com base nas afirmações de Rodrigo Maia, não vejo sentido na atitude de Paulo Guedes proibindo que seus secretários se encontrEm com o presidente da Câmara dos Deputados. Isso só pode dificultar os entendimentos políticos e prejudicar o próprio governo. Não se compreende uma atitude tão juvenil de alguém que já acrescentou em seu currículo ter lido John Maynard Keynes no original. Aliás, acentuo eu, as teses de Keynes são opostas das ideias de Paulo Guedes.
CPI DOS GUARDIÕES – Ontem, por escassa maioria a Câmara de Vereadores do Rio não deu sequência ao processo de impedimento do prefeito Marcelo Crivella. Entretanto, a vereadora Teresa Bergher conseguiu o número necessário de assinaturas para instalar uma CPI para investigar as responsabilidades pelas ações da equipe de choque da Prefeitura para impedir as livres manifestações dos que procuram a rede pública municipal de saúde, tentando também impedir o trabalho da imprensa, especialmente as atividades da TV Globo.
Teresa Bergher pretende convocar primeiramente os que comandam a estupidez da administração municipal.
*Pedro do Coutto é jornalista / Enviado por Antonio Simas – Petrópolis (RJ)
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