Redação

O professor de história e membro da direção do Psol-RJ, Marcelo Biar, morreu no último fim de semana em decorrência da covid-19. Ele estava internado no hospital de campanha do Leblon, no Rio de Janeiro, desde o dia 10 de julho.

Após a confirmação de sua morte, os deputados federais Bia Kicis (PSL-DF) e Carlos Jordy (PSL-RJ) postaram em suas redes sociais que Marcelo havia encabeçado uma campanha chamada “força covid”, quando Bolsonaro testou positivo para a doença, no dia 7 de julho. No entanto, membro dos Psol alegam que não houve postagens de Marcelo nesse sentido.

Na foto compartilhada por Bia Kicis em seu Instagram a deputada diz que “mais um que desejou a morte do presidente acabou de bater as botas”.

Carlos Jordy também compartilhou publicação similar e na legenda da foto escreveu que “a lei do retorno é implacável!” Nesta quarta-feira (29) o deputado apagou o post, mas no print é possível ver sua publicação.

José Fevereiro, membro da direção nacional do Psol, diz que tanto a família quanto o partido vão “tomar as medidas jurídicas cabíveis” contra os parlamentares. “Estamos avaliando ainda que medidas são essas e como fazer contra os deputados que repercutiram isso”, diz.

De acordo com José, os perfis de Marcelo no Facebook e no Instagram têm sofrido, desde a publicação dos deputados, com mensagens de ódio. “Está vendo desejou para o presidente força covid ela veio, mas para você”, diz uma das mensagens. “Desejou que uma pessoa morresse e voltou? Hahahaha!”, aponta outra.

Por meio de sua assessoria, o deputado Jordy disse: “apenas repliquei o tweet de uma pessoa do Twitter”. Procurada para comentar o caso, a deputada Bia Kicis ainda não se manifestou.

O dirigente do Psol aponta que em alguns dos posts compartilhados por diferentes perfis, Marcelo é chamado de deputado. “Ele não era. Ele foi candidato, mas não foi eleito. O trabalho dele era com direitos de presidiários e isso não rende voto”, defende.

O Psol também pretende ir à Justiça contra o site Jornal da Cidade Online, que divulgou a morte de Marcelo a partir de um post do ex-deputado Jean Willys e afirma que ele “usou o momento para agredir o governo”. Segundo José, essa publicação deu origem às demais compartilhadas pelos deputados. “Este site inexplicavelmente continua no ar. É coisa mais conhecida do mundo que um site que publica fake news e mensagens de ódio há muito tempo”.


Fonte: Congresso em Foco