Redação –
A primeira paralisação dos entregadores de aplicativos foi um sucesso. O movimento, por melhores condições de trabalho, teve adesão massiva em diversas cidades do País. Tanto que organizadores já cogitam uma nova greve, caso as empresas não atendam às reivindicações.
Entre as principais reivindicações da categoria estão alimentação, aumento nos valores das taxas pagas por cada entrega, seguro de acidente e de vida, fim dos bloqueios indevidos e o fornecimento de Equipamento de Proteção Individual (EPIs) para prevenção à Covid 19.
Os protestos da quarta (1°) foram realizados em São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Sergipe, Pará, Maranhão, Santa Catarina, Goiás, Brasília, Minas Gerais, Piauí, Ceará, Alagoas e Bahia, além de cidades paulistas de médio porte como Campinas, Santos, Piracicaba e Niterói, no Rio.
Em São Paulo, após rodar pela cidade em comboio e realizar protesto na avenida Paulista, a categoria entregou documento ao Ministério Público do Trabalho (MPT), pedido de reconhecimento de vínculo empregatício entre os motoboys e os aplicativos.
Em entrevista à Agência Sindical, Paulo Lima, conhecido como Galo, avalia o movimento: “Foi muito bom. Conseguimos mobilizar uma grande número de trabalhadores”.
Sindicalismo – As Centrais Sindicais deram apoio ao movimento, exigindo direitos e condições de trabalho para a categoria. Ricardo Patah, presidente da UGT, Central à qual o SindimotoSP é filiado, afirma: “A greve cumpriu o objetivo de denunciar a situação que os motoboys enfrentam há anos, agravada com a chegada dos aplicativos”. Ele completa: “Agora estamos abertos a negociar com as empresas para garantir direitos básicos para esses entregadores”.
Consumidores – O apoio dos internautas aos entregadores foi massivo. Nas redes sociais, a #BrequeDosApps figurou nos trending toppics do Twitter durante todo o dia. Muitos consumidores também utilizaram as lojas virtuais para criticar os aplicativos de entrega pela exploração desses trabalhadores.
Congresso – A paralisação recebeu a adesão de senadores e deputados, que usaram as hashtags de apoio ao movimento #ApoioBrequeDosAPPs e #GrevedosApps em suas contas nas redes sociais. Diversos parlamentares falaram nas sessões virtuais das duas Casas, alertando sobre as condições de trabalho precárias dos entregadores.
Segundo o deputado Alencar Santana (PT-SP), a paralisação foi um dia histórico por dar “um recado expresso” dos trabalhadores em aplicativo contra a exploração. “Essas empresas ganham horrores, milhões, enquanto esses trabalhadores se expõem, no dia a dia, nas ruas das cidades”, afirmou.
Propostas – Além das manifestações de solidariedade, a greve motivou a apresentação de projetos de lei para melhorar as condições de trabalho da categoria. Entre eles, o deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA) protocolou o PL 3577/2020, que pretende alterar a CLT para estabelecer direitos aos trabalhadores de APPs. Outras duas proposta (PLs 5069/19 e 3384/20) para garantir mais direitos a esses profissionais foram apresentadas pelo deputado Gervásio Maia (PSB-PB).
O senador Jaques Wagner (PT-BA) apresentou o PL 3.570/2020, que atende reivindicações dos entregadores como aumento do valor das entregas e seguros para acidentes.
América Latina – A mobilização recebeu solidariedade internacional. Motoboys e entregadores da Argentina, Chile, Costa Rica, Equador e Guatemala, que também enfrentam os abusos das empresas de aplicativos, se manifestaram a favor dos brasileiros nas redes sociais.
Fonte: Agência Sindical
MAZOLA
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Aqui na capita Cuiabá não foi um sucesso como descrito pela matéria, se teve adesão foram poucos, o que se via era entregador trabalhando. A pauta tornou-se política, vai acontecer a mesma coisa que houve com a empregada doméstica e garçom, e o que os políticos tentam fazer com aplicativos de mobilidade como uber etc., acham que deveriam pensar no reflexo que isso dará a categoria, temos exemplos disso.