Por Emanuel Cancella –
Lamentavelmente, nossos interlocutores, em plena Covid-19, estão sendo a Globo e Bolsonaro.
Moisés e Mahatma Gandhi foram líderes que levaram seu povo rumo à salvação, já Bolsonaro quer nos levar à morte, acabando com o isolamento social, na curva ascendente da pandemia.
Por outro lado, a Globo defende o isolamento social, não como liderança humanitária, mas porque o isolamento representa crescimento de seus negócios. Durante a quarentena, mais que nunca, os brasileiros estão na frente da telinha, o que faz aumentar as propagandas e a receita da emissora.
Mas se grande parte do comércio e os shoppings estão fechados, como estão vivendo essas pessoas, funcionários e patrões?
Ninguém em sã consciência quer destruir nossas empresas!
Alias quem fez isso foi a Lava Jato, chefiada pelo então juiz Sergio Moro, que destruiu a economia nacional em poucos meses, como mostra documentário anexo, para favorecer as empresas estrangeiras (1).
E a mesma Lava Jato destruiu principalmente a indústria naval brasileira, agora navios e plataformas estão sendo construídos no exterior, gerando investimento, muitos empregos e renda para os gringos (2).
A prioridade da Globo agora é derrubar Bolsonaro, que, cá para nós, está com a validade vencida, e levantar o moral do ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro.
Moro foi premiado pela Globo, e ele, como chefe da Lava Jato, vazava, durante anos, delações premiadas, quase que diariamente, para o Jornal Nacional da Globo, num claro intuito de manchar a imagem da Petrobrás, com certeza para entregá-la mais fácil a empresas estrangeiras.
Segundo Moro, em sua entrevista derradeira, Bolsonaro pediu-lhe que a PF, sua subordinada, que fornecesse informações de processos judiciais sobre seu clã, principalmente seus filhos. E esse seria o motivo da saída de Moro do Ministério.
Entretanto se não pode para Bolsonaro, não podia também para a Globo, mas foi justamente isso que Moro fez, durante anos.
Outra coisa, Moro diz que não se vende, mas foi ele que prendeu Lula, sem provas, líder em todas as pesquisas, num claro intuito de beneficiar Bolsonaro, de quem ganhou o ministério da Justiça e ainda tinha a promessa de ser indicado ministro do STF. Na verdade, o preço de Moro foi o ministério e a indicação ao STF (3).
Enquanto Bolsonaro incentiva passeatas, para se fortalecer depois da saída de Moro, deveria estar exigindo o isolamento social, inclusive fazendo autocrítica, como fez, por exemplo, os governos da Itália e da Inglaterra.
Bolsonaro deveria estar oferecendo a empresários, no isolamento social, isenção, congelamento de impostos, desconto nos encargos sociais e incentivos, para que não houvesse mais demissões de trabalhadores nem falência de empresas.
O que tem que ser dito aos empresários é que o isolamento social é uma exigência da Organização Mundial da Saúde – OMS, da ONU, e implementado por todos os países, mesmo naqueles que inicialmente relutaram, como é o caso da Itália e Inglaterra.
E alguns países, que fizeram com mais eficácia o dever de casa recomendado pela OMS, com a diminuição do número de infectados e de mortes, como a China, já flexibilizaram o isolamento social.
No Brasil não pode ser diferente!
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2-https://www.ocafezinho.com/2017/04/03/lava-jato-destruiu-industria-naval-brasileira/
3-https://brasil.elpais.com/brasil/2019/05/12/politica/1557677235_562717.html
EMANUEL CANCELLA – Advogado, petroleiro, ex-técnico da Petrobrás, blogueiro, ex-presidente do Sindipetro-RJ, ex-diretor da CUT e da FUP, ex-diretor do Dieese.
MAZOLA
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