Redação –
Músico era um dos baluartes da Estação Primeira.
Morreu no domingo de Páscoa o cantor e compositor Tantinho da Mangueira, aos 72 anos, um dos baluartes da Estação Primeira. O anúncio foi feito pela agremiação através de suas redes sociais. Segundo amigos, o sambista sofreu um acidente doméstico e não resistiu.
“É com imensa tristeza que informamos o falecimento de nosso baluarte e grande compositor Tantinho da Mangueira. Uma perda enorme para a Estação Primeira e para o samba”, publicou a escola.
O também mangueirense Nelson Sargento fez uma homenagem a Tantinho numa rede social. “Música brasileira em luto. Adeus amigo amado. Fará muita falta. Altíssima linhagem de nossa Mangueira. Te amo pra sempre.”, escreveu o sambista.
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Na noite de domingo, Teresa Cristina dedicou a live que vem fazendo diariamente a Tantinho. Muito emocionada, a cantora e compositora improvisou um gurufim virtual para o mangueirense, numa adaptação da tradição da comunidade do samba de velar seus mortos com uma grande roda, cantando suas músicas e lembrando suas histórias. Teresa interpretou sucessos compostos ou interpretados por Tantinho como “Jequitibá”, “Verde e Rosa”, “Sempre Mangueira” e “Boêmio fracassado”.
Nascido e criado no Morro da Mangueira, na favela de Santo Antônio, Devani Ferreira (seu nome de batismo) conviveu desde pequeno com figuras da realeza do samba mangueirense, como Cartola, Dona Neuma, Nelson Cavaquinho, Nelson Sargento, Carlos Cachaça, e Padeirinho (compositor que homenageou com o álbum “Tantinho canta Padeirinho da Mangueira”).
Já aos 13 anos entrou para a ala de compositores da Mangueira, após ser aprovado num teste por Cartola. Na década de 1970, ele participou das rodas de samba no Teatro Opinião. Também nessa época integrou o grupo Originais do Samba, a convite de Mussum. Porém, quando o grupo começou a viajar para fazer shows, ele deixou a banda, pois não queria sair do Morro da Mangueira.
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Em seus discos, gravou principalmente os compositores de sua agremiação. Em 1999, como integrante da velha-guarda, participou do CD “Velha-Guarda da Mangueira e convidados”.
Em 2005, gravou “Xangô da Mangueira – Recordações de um velho batuqueiro”. Já em 2010 foi o vencedor do Prêmio da Música Brasileira na categoria samba com o disco “Tantinho canta Padeirinho da Mangueira”. Em 2015, Tantinho foi um dos compositores de um dos sambas que disputaram no enredo de Maria Bethânia, que acabou preterido na eleição para o carnaval campeão da verde-e-rosa no ano seguinte. Em retribuição, a baiana convidou Tantinho para cantar sua composição no álbum “Mangueira, a menina dos meus olhos” (2019).
Fonte: O Globo
MAZOLA
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