Redação

O coordenador do Movimento Nas Ruas, Tomé Abduch afirma que as manifestações do próximo dia 15 só não vão acontecer se o coronavírus parar o país. Questionado sobre a possibilidade de a propagação do vírus oferecer riscos à manifestação, Tomé é enfático e afirma que o ato só será cancelado se houver uma orientação nesse sentido para todos os setores. “Se isso eventualmente acontecer, eu peço que seja uma medida que o governo federal solte um manifesto pedindo que essa manifestação não aconteça e que, inclusive, não aconteçam jogos de futebol, shows, que os teatros também se fechem, que as aulas também não aconteçam”, disse Tomé para o Congresso em Foco.

Caso as autoridades venham a orientar os movimentos sociais a cancelarem os atos e não tomem uma medida geral para os outros setores que envolvem aglomeração em massa, isso será lido pelos organizadores como um uso político do coronavírus para desmobilizar as manifestações.

A deputada Carla Zambelli (PSL-SP), fundadora do movimento Nas Ruas, disse ao site que irá pedir para o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, um parecer sobre os riscos de transmissão do Covid-19 durante os atos. “Esse é um movimento particular dela. A Carla Zambelli não participa mais do conselho do Movimento Nas Ruas”, afirmou Abduch.

A deputada, por sua vez, diz acreditar que ainda não seja necessário cancelar as manifestações por causa da Covid-19 no Brasil, mas destacou que existe essa preocupação com a propagação do vírus nos atos.

Ataque a deputados, não às instituições

Fonte: Congresso em Foco