Redação

De acordo com o Ministério do Trabalho, 43% dos enfermeiros ganham menos do que o piso aprovado pelo Senado. Entre técnicos, percentual chega a 79%.

A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara discutirá, nesta quarta-feira (8), o piso salarial nacional da enfermagem. A proposta foi aprovada pelos senadores no último dia 24, mas ainda não há consenso em torno dela entre os deputados. Prefeituras, hospitais filantrópicos e Santas Casas de Misericórdia cobram a definição de uma fonte de financiamento para a elevação dos salários, o que o projeto enviado pelo Senado não aponta.

Estimativas feitas pela Federação Brasileira de Hospitais (FBH) e da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB) indicam que o aumento na folha de pagamento com o novo piso para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem deverá gerar um impacto de R$ 18,4 bilhões para os setores público e privado. Desse total, R$ 6,3 bilhões recairiam sobre o setor público e outros R$ 6,2 bilhões sobre as filantrópicas.

O presidente da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), Mirocles Veras Neto, disse ao Congresso em Foco que várias instituições poderão fechar leitos e deixar de atender a milhares de pacientes por não terem condições de absorver os novos custos. Algumas unidades, inclusive, correm o risco de fechar as portas, alertou. “Não se trata de uma ameaça, é a nossa realidade”, afirmou.

Fonte: Congresso em Foco


Tribuna recomenda!

NOTA DO EDITOR: Quem conhece o professor Ricardo Cravo Albin, autor do recém lançado “Pandemia e Pandemônio” sabe bem que desde o ano passado ele vêm escrevendo dezenas de textos, todos publicados aqui na coluna, alertando para os riscos da desobediência civil e do insultuoso desprezo de multidões de pessoas a contrariar normas de higiene sanitária apregoadas com veemência por tantas autoridades responsáveis. Sabe também da máxima que apregoa: “entre a economia e uma vida, jamais deveria haver dúvida: a vida, sempre e sempre o ser humano, feito à imagem de Deus” (Daniel Mazola). Crédito: Iluska Lopes/Tribuna da Imprensa Livre.