Por Carlos Barreto –

Para entendermos o mundo atual, teríamos de no passado ver um filme de banda desenhada ou um filme de humor.

Tudo nesta vida atual parece “faz de conta”, um vem e clama determinada teoria como sua e faz opinião, para desdizer um processo desses torna se complicado porque se divide os a favor e contra, e assim vivemos nesta vida, cantando e rindo.

No passado para se fazer carreira tinha se de trabalhar arduamente e a pulso para se conquistar uma profissão, primeiro a confiança, depois a valorização e só mais tarde vinham os prémios, fossem de remuneração ou de reconhecimento.

Era todo um processo que levava anos e que se conquistava a pulso e com trabalho.
Hoje em dia qualquer idiota, passa do anonimato a estrela sem qualquer perjúrio para os idiotas, mas é tudo muito efémero tudo muito artificial, tudo muito “faz de conta”.

E o maior problema não vem da base, passa se exatamente ao invés, em pessoas com grande responsabilidade social, líderes políticos e pessoas que têm obrigação de conduzir o rebanho social no bom caminho. É exatamente dessas lideranças que vêm os piores exemplos, é essa minoria social que gera opinião e que confunde toda uma sociedade que lhes tira o chão, lhes tira o fio condutor e lhes retira a luz ao fundo do túnel.

No passado os mais velhos, tinham reconhecimento social, e eram valorizados, pela experiência de vida, pelo conhecimento e eram o baluarte da sociedade ao dar o exemplo de como levar a vida avante sem sobressaltos e com valorização.

Hoje o cara mais idiota, que diz a maior barbaridade é aquele que ganha na media que tem o poder de fazer opinião e que todo o mundo valoriza.

O absurdo do absurdo é quanta gente já perdeu a vida, destruiu a vida de muitas famílias, jovens e casais que para tirar a selfie mais top, caíram em penhascos, ou morreram de acidente de viação ou caíram de alturas, para se mostrarem diferenciados na sua idiotice.

Hoje o comum dos mortais, quase tem de se orientar por GPS, para não se perder, pois os exemplos que são dados nas redes sociais, na media, nos telejornais, tornam tudo mais difícil, mais absurdo.

O mundo “faz de conta”, começa nas lideranças políticas, nos líderes de opinião, em que tudo se faz pela ganância, ganhar protagonismo, e ganhar seguidores e que no final conquista um lugar de liderança na sociedade.

Sempre partimos do individual para o coletivo, sempre somos diferentes na essência, mas teimamos em querer ser todos iguais, em que o fator de diferenciação é ser mais o mais idiota, o mais ganancioso, o mais irreverente, mas falta o brilho do conhecimento, a chama da imaginação e o esplendor do exemplo de vida.

Precisamos de líderes capazes que tragam brilho, fantasia, vivência, conhecimento e a chama mais nobre, que qualquer idiota não consegue atingir, o fato de não ser idiota.

Esta sociedade faz de conta precisa de pessoas que sejam exemplos de vida, que acrescentem e que conduzam a sociedade ao bem mais precioso, viver um dia de cada vez.

Ser iguais na diferença, é algo precisamos, para tornar este mundo ainda mais verde, mais atrativo, mais elegante e diferenciado para todos.

CARLOS BARRETO –  Consultor de Comunicação; Colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre, representante e correspondente internacional em Lisboa, Portugal.


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